domingo, 18 de janeiro de 2009

Militares explodem bombas

No AMAZÔNIA:

Vinte e nove homens da Companhia de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar do Estado, e um bombeiro, participaram ontem de uma aula prática do curso Antibomba e Terrorismo, no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), em Outeiro. Coordenado pelo Instituto de Segurança do Pará (Iesp), o curso - realizado desde 12 de janeiro e que deverá ser concluído no próximo dia 26 - tem como objetivo capacitar os policiais para atender ocorrências com artefatos explosivos. A PM aproveitou a oportunidade para trocar informações com oito homens do Esquadrão Antibomba da Força Nacional, que estão em Belém para o Fórum Social Mundial (FSM) 2009.
Uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e médicos de plantão estiveram no local para dar apoio aos policiais, caso algum imprevisto ocorresse. O motivo, segundo o major César Mello, da COE, é que explosivos exigem um cuidado muito grande, por conta do risco que apresentam. 'Por isso, a equipe sempre trabalha com medidas de segurança', ressaltou.
No primeiro momento, os policiais explodiram um frango com apenas 8 gramas de explosivos para que pudessem observar os danos que podem ser causados por uma bomba. 'Esse explosivo é chamado de espoleta e é um dos mais leves. Nós conseguimos mostrar como algo tão pequeno consegue fazer um estrago muito grande', disse o major César Mello.
Logo depois, eles explodiram uma bomba incendiária, que faz um enorme cogumelo de fumaça. Esse tipo de artefato também é conhecido como dispositivo de distração e é utilizado, principalmente, em resgates de reféns. A bomba faz com que o bandido preste atenção no barulho e, com isso, os homens da PM podem invadir o local e resgatar a vítima. 'Os policiais vão poder sentir o calor e como a onda de barulho se propaga. Além disso, eles exercitam o acionamento, a construção e a desconstrução de uma bomba. E também a verificar os dispositivos de segurança', explicou o major.
O major César Mello informou ainda que o Esquadrão Antibomba da COE existe desde 1996. Segundo ele, todas as ocorrências registradas foram resolvidas pelos policiais.
Segundo o capitão Alkimar Souza, chefe do Esquadrão Antibomba da Força Nacional, o treinamento dos PMs foi um acordo com o Ministério da Justiça para apoiar um evento de grande dimensão, como o FSM. 'Por esse motivo, foi feita uma padronização do trabalho que será realizado tanto pela PM, como pela Força Nacional', disse.
O major disse que o curso não acontece especialmente por causa do FSM. 'Nós apenas aproveitamos a oportunidade para treinar os policiais com a Força Nacional, que tem grande experiência no assunto', informou o major.
Esse é o primeiro FSM que a Força Nacional participa. De acordo com o capitão da Força Nacional, existe uma cobrança internacional muito grande pra que tudo saia dentro do planejado. E, como o Pará é um grande Estado, o evento vai dar bastante trabalho. 'Com essas explosões eles podem se sentir mais preparados para agir na desativação de uma bomba. Os PMs aprenderam as características de cada explosivo, a potência e a intensidade de cada um', informou o capitão Alkimar Souza.
Além dos polícias que atuam na capital paraense, homens de grandes municípios do Estado - como Santarém e Tucuruí - também participaram do treinamento.

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