Na FOLHA DE S.PAULO:
Nas primeiras 24 horas de sua ofensiva terrestre contra o grupo fundamentalista Hamas, milhares de tropas israelenses avançaram ontem em direção às principais cidades da faixa de Gaza, estabelecendo um bloqueio que dividiu o território palestino em dois.
A incursão por terra, que teve início na noite de sábado, após oito dias de intensos bombardeios aéreos, provocou confrontos diretos que, segundo o Exército israelense, deixaram mais de 30 militantes palestinos mortos. Os choques também levaram à primeira morte de um soldado israelense.
Pelo menos outros 31 soldados israelenses ficaram feridos, a maioria atingida por estilhaços e trocas de tiros com membros do Hamas. Em notícias divulgadas em seu canal de TV, o grupo fundamentalista afirmou ter sequestrado dois soldados e matado pelo menos oito, o que foi desmentido pelos israelenses como uma "manobra de desinformação".
O Ministério da Saúde em Gaza contou 64 civis mortos na invasão israelense. Se confirmado, o número total de mortos do lado palestino chega a 512 desde o início da ofensiva, que hoje completa dez dias. Gaza reportou quatro milicianos mortos -o que, para o jornal israelense "Haaretz", pode estar relacionado à dificuldade de resgatar corpos de áreas de combates.
Durante todo o dia, a aviação e a Marinha israelenses continuaram a bombardear alvos em Gaza. Oficiais do Exército alertaram que a operação poderá durar semanas, mas que a intenção não é manter a ocupação do território, e sim neutralizar o poder de fogo do Hamas e estabelecer uma trégua de longo prazo.
Fontes médicas palestinas em Gaza informaram que cinco pessoas de uma família foram mortas quando um projétil israelense atingiu o carro em que estavam: uma mulher e seus quatro filhos, incluindo uma menina de 14 anos. O ataque teria ocorrido na região de Tafuach, onde ficava um antigo assentamento judaico, que Israel evacuou em 2005, quando se retirou de Gaza.
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