Governo admite subida da violência

No AMAZÔNIA:

Os dois principais líderes da segurança pública no Pará admitem a escalada da criminalidade na RMB, mas atribuem que parte do aumento das ocorrências em 2008 e nos anos anteriores se deve a vários fatores.
O primeiro fator é o aumento do efetivo de policiais nos bairros, cujas operações de repressão resultaram em 16.583 pessoas presas durante mais de 51 mil ações policiais, um crescimento de 25,15% em relação a 2007, que registrou 13.250 operações de rua. Essas operações resultaram na apreensão de 2.004 armas no ano passado, número maior que os 1.938 de 2007. Segundo Geraldo Araújo, as seccionais passaram a funcionar 24 horas para receber ocorrências, o que acabou encorajando a população a denunciar mais.
egundo o secretário, o investimento no setor de inteligência da polícia, em parceria com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal, possibilitaram o aumento das apreensões de drogas na RMB em 2008. Foram 1.988 quilos de cocaína, um acréscimo de 450,61% em relação a 2007, e ainda 905 mil pés de maconha e cerca de 804 quilos de maconha prensada.
Araújo informou que os dados serão racionalizados e todas as ações da segurança pública, a partir de agora, serão balizadas pela estatística. Ele ressaltou que serão evidentes ações concentradas nos bairros mais violentos e especialmente contra roubo e o tráfico de drogas, que concentram grande crescimento.
O secretário também informou que as cúpulas da PM e da Polícia Civil se reunirão para discutir os dados e traçar o planejamento das ações para repressão da criminalidade, a fim de reduzir os números na RMB a níveis toleráveis. '2008 foi um ano muito difícil. Mas acredito que com os investimentos na área de Segurança Pública vamos conseguir reduzir a criminalidade', afirma Araújo. Ao todo, o governo estadual anunciou no final de 2008 investimentos de R$ 17,2 milhões no setor, sendo R$ 14,6 milhões de repasse do governo federal e outros R$ 2.6 milhões de recursos do orçamento estadual.
Ele assegura que a repressão à criminalidade continuará em toda capital e arredores, após o término do Fórum Social Mundial, que se realizará em Belém a partir do final desta semana.