No AMAZÔNIA:Amanhã, os olhos de todo o mundo, principalmente os mais engajados, se voltam para Belém. Começa o tão aguardado por uns, e temido por outros, Fórum Social Mundial 2009, um espaço plural de discussão sobre as mais diversas questões sociais, com atividades que vão desde a questão da anistia até oficinas de reggae.
Muito do que os moradores, principalmente da área periférica de Belém, esperaram durante anos, como segurança, limpeza e asfaltamento de vias e capacitação para agentes públicos ocorreram com a preparação para o grande evento, que estima a reunião de aproximadamente 100 mil participantes.
O primeiro dia de Fórum começa com uma grande caminhada, a partir das 15h, que sai da escadinha do Cais do Porto até a Praça do Operário, no bairro de São Brás. É o momento em que os participantes se 'apresentam' à população da cidade, erguem suas bandeiras e celebram o início do evento que se estende até o dia 1º de fevereiro.
Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Universidade Federal do Pará (UFPA) foram eleitas como os territórios do Fórum. São nesses espaços que os participantes inscritos vão assistir a palestras, oficinas e seminários, que vão contar com presenças famosas para todo o mundo e ilustres para os grupos que representam. É na Ufra também que cerca de 20 mil jovens estarão abrigados durante a semana, no Acampamento Intercontinental da Juventude.
As atividades começam a ser realizadas de fato no dia 29 e são independentes, de responsabilidade das organizações inscritas. Essa é a grande peculiaridade do evento. Não existem coordenações e sim grupos de trabalho, justamente pelo fato, diz Ilma Bittencourt, do GT de Comunicação, 'do Fórum ser uma construção coletiva'.
Ocorrendo simultaneamente em salas de aula e tendas temáticas, tem atividades para os mais diferentes interesses, mas a programação, alerta o GT de Facilitação, ainda pode sofrer alterações. A última versão da lista pode ser conferida no site do FSM (http://www.fsm2009amazonia.org.br/). Entre as presenças esperadas estão a do presidente Luís Inácio Lula da Silva e do presidente da Venezuela, Hugo Chàvez.
A programação se encerra no dia 1º com o Dia das Alianças, no qual serão organizadas as assembléias para definir propostas efetivas de luta a partir da reunião de movimentos com o mesmo foco, como campanhas, manifestações ou qualquer outra atividade a ser realizada após o Fórum.
À tarde, durante a Assembléia das Assembléias, haverá a leitura das propostas e encaminhamentos com os resultados de todas as assembléias ocorridas durante o turno da manhã, junto com programações artísticas para o encerramento do Fórum Social na Amazônia.
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