No AMAZÔNIA:
Enquanto a maioria das pessoas que vem participar do Fórum Social Mundial querem salvar o planeta, um grupo de jovens católicos, que está acampado na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) veio com o objetivo de salvar almas. O ministério João III tem origem na própria capital paraense e possui uma maneira alternativa de atrair mais seguidores, em especial, os hippies. Eles trabalham nas estradas de todo o país com apresentações musicais, teatrais e de dança.
Marcius Rodrigues, que é um dos coordenadores do ministério João III, tem um visual bem diferente do que se costuma ver nas igrejas católicas. Com pulseiras, alargadores de orelha e uma roupa tingida artesanalmente, ele diz ser totalmente avesso à qualquer tipo de preconceito. Marcius explica que o trabalho cristão desenvolvido pelos jovens é independente das igrejas da cidade. E destaca que o convívio com os hippies é muito especial, pois ele e os colegas de ministério conseguiram desenvolver um jeito de falar sobre a Bíblia de uma maneira criativa, que consegue agradar a gregos e a troianos. 'Muita gente acredita que evangelizar um hippie é algo impossível, mas nós nos encantamos por isso, principalmente por causa do desafio', disse.
As viagens de evangelização do ministério João III fizeram com que Marcius Rodrigues tivesse uma esposa carioca, uma filha brasiliense e outra vitoriense - ou capixaba, como costumam dizer. A experiência de viver em tantos lugares diferentes também deu à Marcius o talento de construir barracas. No campus da Ufra, ele e os participantes do grupo fazem o próprio abrigo. 'Nós mesmos catamos pedaços de bambu e madeira para confeccionar as barracas', contou.
O coordenador do ministério João III informou que painéis que explicam como eles atuam nas viagens pelo Brasil serão expostos nas próprias barracas durante todo o Fórum Social Mundial, de 27 de janeiro a 1º de fevereiro.Homossexualidade, preconceito e violência contra mulher serão alguns dos assuntos abordados pelos jovens do grupo. Além disso, eles vão realizar vários debates para que cada participante possa expressar sua opinião.
Elias Faro, que também participa do grupo, considera o Fórum Social Mundial uma excelente oportunidade para levar a palavra de Jesus à um maior número de pessoas. 'Nós não viemos participar de palestras ou discussões, apenas levar às pessoas uma mensagem de paz, que é que o sabemos fazer de melhor', ressaltou.
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