No AMAZÔNIA:
Não será por falta de quem assuma a responsabilidade pelo péssimo início do Parazão que o Remo deixará de reencontrar o caminho da vitória e sairá da incômoda lanterna da competição. No dia seguinte à humilhante derrota para o São Raimundo, por 5 a 1, em pleno Baenão, o presidente Amaro Klautau e o técnico Flávio Campos chamavam para si o ônus pela situação complicada que a equipe azulina se encontra.
Na reapresentação dos atletas, ontem pela manhã, no estádio azulino, enquanto Klautau dizia que a responsabilidade do conturbado começo de competição era da diretoria, que não conseguiu contratar a tempo os jogadores que o treinador havia pedido, Campos cobrava apenas de si. 'Primeiramente, eu me questiono. Num momento de dificuldade, o técnico é quem deveria ser o algo a mais e eu não consegui ser o algo a mais nessa partida', justificou.
Ele disse que sempre soube dos problemas enfrentados pelo clube para fechar as contratações. 'Por isso, não fico questionando a minha diretoria. Perdemos Jóbson por causa de salários atrasados de outras administrações e não conseguimos trazer o Maico Gaúcho porque não podemos pagar a rescisão do contrato do jogador com o Luverdense-MT', alegou. Mas o mea culpa por parte da diretoria e do técnico não significa que a cobrança por uma reabilitação já contra o Time Negra, amanhã, deixe de ser dividida entre aqueles que pisam em campo.
'São em jogos em condições atípicas, como foi essa estreia desastrosa, que é possível detectar problemas técnicos no nosso grupo. Preciso dar mais competitividade a alguns atletas', avisou o técnico. 'Não podemos ficar reféns apenas do nervosismo ou da inexperiência de parte do elenco. Vamos trabalhar para encontrar uma forma de vencer os próximos jogos, pois só assim recuperaremos a credibilidade junto à torcida', constatou Campos.
Enquanto isso, reuniões já acontecem no Remo em busca de pelo menos mais três reforços. De acordo com membros da diretoria e o próprio treinador, o Leão está carente em algumas posições e não dá mais para esperar, apesar das dificuldades para contratar bons jogadores. Devem vir mais três atletas nos próximos dias: um zagueiro, um meia e um atacante.
As perspectivas, no entanto, são sombrias. O clube não tem dinheiro para bancar contratações 'de peso' e, ao mesmo tempo, ainda enfrenta uma maratona nos tribunais para se livrar de novas ações trabalhistas, como as dos zagueiros Rodrigo e Diego Barros. Juntos, os dois atletas cobram quase R$ 3 milhões em salários atrasados, FGTS não recolhido, premiações e multa rescisória.
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