No AMAZÔNIA:
Policiais do Destacamento da Polícia Militar da Comunidade Jardim do Ouro, no município de Itaituba, sudoeste do Estado, prenderam na manhã de anteontem o garimpeiro Francisco Pereira, 36 anos, também conhecido por 'Isaías do Creporizão', acusado de matar Luís Borges Braga, 42 anos, conhecido por 'Lobisomem'. Segundo Maria Helena Cabral Martins, esposa da vítima, o crime aconteceu no dia 30 de novembro passado, por volta de 20h30.
Maria Helena relatou à polícia que seu marido era proprietário de um pequeno comércio na vila de Currutela, no garimpo Tirirical, 'e naquele domingo nós estávamos assistindo televisão quando escutamos o disparo de arma de fogo e o meu marido caiu no chão aos gritos, pedindo socorro'. Segundo o policial Renúbio, 'a arma usada foi uma espingarda calibre 20, o tiro acertou a cabeça da vítima, que morreu na hora'. O acusado conseguiu fugir sem que fosse reconhecido pelas pessoas que estavam no local. Posteriormente, uma pessoa afirmou à polícia que o autor do homicídio seria 'Isaias do Creporizão', pois o mesmo havia comentado, 'no barraco', 'que matou o Lobisomem'.
Logo depois do crime, policiais militares da Comunidade Creporizão fizeram buscas às proximidades para tentar localizar o acusado, mas ele não foi encontrado.
Na manhã de sábado, moradores da comunidade Jardim do Ouro informaram à PM que viram Isaías do Creporizão circulando na comunidade e que o mesmo estava residindo em um barraco no 'Baixão do Sucuba'. A PM foi até lá e conseguiu localizar e capturar o suspeito.
Na manhã de ontem Francisco Pereira foi apresentado na 19ª Seccional de Polícia de Itaituba. Em depoimento ao delegado José Dias Bezerra, ele afirmou que o crime foi motivado por uma dívida de R$ 30 reais que ele tinha com Luís Braga. 'Eu devia R$ 30 reais pra ele e pedi mais uma garrafa de cachaça, depois de peguei a garrafa disse para ele que não tinha o dinheiro. Nós começamos a discutir, ele me agrediu dando um chute na perna, eu fui pra casa, peguei a espingarda e dei um tiro na cabeça dele'.
Francisco afirmou que, depois que fugiu do local do crime, passou duas noites dormindo no barraco de um amigo e durante o dia se escondia na mata. 'Depois comecei a andar pelos garimpos. Por três vezes fui abordado pela polícia, mas sempre disse que não conhecia esse tal ‘Isaías do Creporizão’'.
Segundo o delegado José Dias Bezerra, será pedida a prisão temporária do acusado no prazo de 30 dias, tempo que o inquérito será concluído. Francisco Ferreira permanecerá na carceragem da 19ª Seccional até a homologação da prisão temporária.
2 comentários:
Parceiro, explique uma coisa: se a vítima morreu na hora como foi que caiu pedindo socorro? rsrs... Um 2009 bem melhor que 2008 pra vc.
Grande Walter,
Apenas postei a notícia do Amazônia.
Mas vamos exercitar aqui um pouco da nossa, digamos, hermenêutica policial (hahahahahaha).
Acho, amigo, que o "na hora" não é bem "na hora"; um "morreu logo depois de pedir socorro" ficaria melhor, não é?
Ficaria mais lógico.
Talvez na pressa com que as redações funcionam o "na hora" tenha saído com o mesmo sentido de "logo depois".
Um grande abraço e, igualmente, um 2009 melhor que 2008 pra você.
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