quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Chuvas geram prejuízos nas áreas alagadas de Belém.

No AMAZÔNIA:

Ontem foi dia de limpeza nas áreas alagadas pelas fortes chuvas da última segunda-feira, 19. Em uma loja de materiais de construção, localizada na travessa Quintino Bocaiúva com a rua dos Timbiras, além da sujeira, os prejuízos chegaram a R$ 5 mil. No total, apenas duas sacas de cimento e objetos mais resistentes sobraram, mas toda a areia foi levada pela força da água.
O vendedor da loja Benedito Silva, passou a manhã de ontem limpando o local. Apesar de saber que as chuvas não são novidades, ele explica que já não há mais o que fazer na área. 'O teto da loja está baixo de tanto que subimos o nível do chão', disse. Outras vítimas das chuvas são as pessoas que estão reformando suas casas. O pedreiro Márcio Carvalho, que mora na Quintino com a rua dos Caripunas, chegou a perder grande parte do material de construção da obra. Ontem de manhã, ele tentou agilizar o trabalho para não ter ainda mais prejuízos. 'Eu já elevei o nível da casa em 70 centímetros, mas se for necessário, a gente aumenta até em um metro para não ter a casa alagada', informou.
Na travessa Timbó, no bairro do Marco, os moradores dizem que a água do canal chega a subir um metro em dias de chuva. E, anteontem, a história se repetiu. A professora Kátia Moraes Gonçalves, que reside perto do canal, conta que já perdeu a lajota do pátio, da cozinha e está quase perdendo a da sala por causa dos alagamentos. 'Eu já tenho pânico de chuva. Perdi a conta dos prejuízos que tive no período em que moro aqui', disse.
A moradora lamenta o fato de a Prefeitura Municipal de Belém não fazer nada para que a situação dos alagamentos melhore. 'Esse canal é ridículo. A água não escoa para lugar nenhum. Só quem vive aqui sabe o drama que a gente passa. Para se ter uma idéia, a água demorou cerca de 7 horas para secar', ressaltou.
A previsão da meteorologia é de mais chuvas. O coordenador do 2º Distrito de Meteorologia de Belém (Disme), José Raimundo Abreu, informou que vai chover muito até o final do mês de janeiro. 'O motivo é a convergência da umidade da região Centro Oeste com o Atlântico Sul', explicou. O coordenador do Disme disse também que a chuva de anteontem foi moderada e que estava dentro do previsto pela meteorologia.

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