Do leitor Nardin, sobre o endurecimento do combate à criminalidade:
Conheço o Tamer pela relação de repórter/fonte, que por sinal não era sempre das melhores. Mas existia e eu respeitava seu permanente mau humor (ou humor irônico).
Mas ele morava no mesmo prédio que o meu e ali na área, bem no meio do Jurunas, era raro ter algo. Quando tinha, era de “meliante” que não fazia parte da área.
Quando, ainda que numa baixa hipótese, era da rua, surgiam viaturas de todos os cantos até prender o responsável. Sempre achei que ele poderia fazer mais. Devia fazer mais. Mas vai ver que não tinha condições pra isso. Vai ver que agora tenha, para falar nesse tom. Que tenha.
A Tupinambás não era lá bem segura, mas certamente era menos violenta que mesmo as paralelas, como a Roberto Camelier. Que a “área” do Tamer seja expandida para toda Belém... Porque, pelo que tenho ouvido e lido, parece guerra civil.
3 comentários:
Usa-se no caso em tela dois pesos e duas medidas, parece até que só mora marginal na periferia, e somente lá a lei pode chegar da forma ilegal que chegou . Prender para averiguações. Nos dias de hoje isso chega a ser ridículo , antigamento muito delegado fazia uso de tal ilegalidade para conseguir alguma ponta de advogados e cidadões de bem. Realemente o despreparo de nossa policia é monumental. E ainda vem a nossa charmosa governadora e diz que a culpa é do judiciário que solta os bandidos que ela prende. Ai eu digo, se a prisão é ilegal , deve logicamente ser relaxada ou será que voltamos ao tempo da prisão sem culpa formada, apenas para averiguações. Minha amiga Ana Claudia Pinho e o grande jurisconsulto Zafaroni devem estar loucos com a aplicação no Pará(terra de Direitos) do chamado direito penal minimo.
Abraço.
ADOLFO ALVES.
Do Blog Bilhetim, por Edir Veiga:
Combate aos homicídios: a receita que vem de S.Paulo
O governo de S.Paulo reduziu pela metade o número dos asassinatos naquela cidade. Qual a receita? prender mais e manter os bandidos na cadeia. O comando de segurança pública ampliou a presença de policiais nas ruas, mapeou os locais de maior índices de assassinatos e os dias de semana em que estes acontecem e ampliou o número de vagas nas prisões. Isto resolve o problema da violência? não. O combate às causas da violência demandam políticas públicas estruturantes e tem efeitos no médio a longo prazo. Mas a ação do governo diminuiu pela metade, o números de homicídios em S.Paulo, e cada vida que é salva, nesta ação coercitiva/preventiva, é muito importante para cada família, que não sentirá a dor de uma perda trágica. Porque não copiamos de S.Paulo esta metodologia? esta roda já foi inventada. Tudo o que acabei de relatar é reconhecido pelos cientistas sociais do sudeste. O BOM GOVERNO SALVA VIDAS.
Adolfo, você tem razão.
Não existe no sistema processual penal brasileiro a prisão para averiguações.
Esse negócio de levar a pessoa que não está em situação de flagrante ou que não tenha mandado de prisão contra ela expedido pelo juiz é um absurdo.
Trata-se de abuso de autoridade, cuja solução é representar contra seus autores. Cadê a defensoria pública para ajudá-los, já que o pessoal da periferia é, de regra, pobre?
Prisão é para quem cometeu crimes e não para averiguar a conduta de alguém. Por essas e outras se percebe que a violência não vai diminuir no Estado do Pará, infelizmente, porque truculência gera truculência a curto, médio e longo prazo.
A propósito, a nomeação da pessoa que chamou no passado recenete uma vítima menor de idade de doente mental revela o quanto estão despreparadas as autoridades.
Aliás, chamar em público os outros de débil mental é crime de injúria, e por ter sido cometido contra menor de idade trata-se de caso em que o Ministério Público poderia agir de ofício, oferecendo logo a denúncia. Será que tal órgão tomou essa iniciativa?
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