terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Adolescentes dão outra versão para o incidente em Santarém

No AMAZÔNIA:

Os adolescentes agredidos desmentiram Antônio Rocha e apresentaram outra versão em depoimento à polícia. 'Ele partiu para cima dos meninos. Investiu contra eles. Quanto ao corte que ele diz ter sido provocado por um dos jovens do grupo, aconteceu quando ele tentou agredir um garoto que estava dentro de um carro. O deputado escorregou na calçada e acabou batendo a mão em cima de uma garrafa de vidro', argumenta Dilton Tapajós, advogado dos adolescentes.
O grupo afirma que estava na orla da cidade por volta de 1h30, tocando violão e cantando, quando o deputado Antônio Rocha chegou com sua esposa em sua casa, que fica nas imediações. Eles ouviram alguém gritar 'deputado ladrão, f.d.p.'. Em seguida, foram abordados por Antônio Rocha, que indagou quem foi o autor da ofensa e perguntou ao grupo se os jovens sabiam quem ele (Rocha) era. Ibi Tapajós, um dos integrantes do grupo, mostrou ao deputado um adesivo do ex-candidato a prefeito Márcio Pinto, do PSOL. Antônio Rocha, então, teria acusado o jovem de ser o autor da ofensa. Os dois discutiram por alguns minutos. Em seguida, Antônio Rocha telefonou para a polícia e para seu filho, Erlon Rocha.
Ainda em desentendimento com o rapaz que lhe mostrou o adesivo, Antônio Rocha, de acordo com a versão do grupo, deu um chute entre pernas do jovem. O rapaz correu no sentido orla/praça Tiradentes. Foi para a casa de uma tia. 'Pensei que a confusão era apenas comigo e que, então, os meus amigos teriam saído do local', disse Ibi Tapajós à reportagem.
Percebendo o fato e prevendo confusão, o grupo de jovens decidiu se dispersar. Eles estavam em dois carros, mas o deputado não os deixou sair. Dos cinco jovens que permaneceram no local apenas um conseguiu sair porque foi reconhecido pela família Rocha. Um dos jovens chegou a entrar num dos carros quando foi abordado por Erlon, que havia acabado de chegar. O filho do deputado passou a esmurrá-lo. Os outros jovens foram em direção a Erlon no momento em que o deputado mandou um assessor seu bater nos jovens. Antônio Rocha tentou subir a parte mais alta da orla para entrar na briga e caiu sobre uma garrafa, cortando-lhe a mão.

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