A eleição do deputado tucano Cezar Colares, que, de zebra zebríssima virou conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em detrimento do favorito Luís Cunha (PDT), ainda rende.
Está rendendo - e como!
Superada a fase da eleição, em que o plenário da Assembléia surpreendeu meio-mundo, ao preterir o candidato pedetista - preferidíssimo da governadora Ana Júlia Carepa e da base aliada -, é mais quem tenta, entre os governistas, dizer que nada tem com o peixe.
A deputada Josefina Carmo, por exemplo.
Sua Excelência foi à tribuna negar de pés juntos que tenha votado em Cezar Colares. Negou à beça. Negou a não mais querer. Negou até não mais nada a negar.
Mas o advogado Beto Vasconcelos contou em alto e bom som - e não pediu reserva - na Prefeitura de Belém, no day after, que estava todo mundo de ressaca no escritório do advogado Jarbas Vasconcelos (cunhado de Josefina e amigo fiel da governadora Ana Júlia), onde a festa foi grande pela vitória do candidato tucano ao TCM.
E isso tudo depois da governadora ter mandado liberar as emendas parlamentares e ter gravado audiovisual para a propaganda eleitoral de Jardel Vasconcelos, marido de Josefina e candidato a prefeito de Monte Alegre pelo – vejam só - PMDB.
Mas é como já se recomendou aqui no blog: façamos de conta que a eleição de Cezar Colares foi uma ficção. Ou então façamos de conta que ele foi eleito por livre e espontânea combustão, aliás, por livre e espontânea decisão – soberana, evidentemente – do plenário da Assembléia, sem a participação de qualquer deputado.
Façamos de conta que o deputado Cezar Colares elegeu-se sozinho, sem a ajuda de qualquer deputado da base aliada – nem da deputada Josefina Carmo, nem de ninguém.
É isso.
É assim.
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