No AMAZÔNIA:
Com dores de ouvido e muita tosse, uma criança de 7 anos foi levada pela família ao Hospital Regional de Salinópolis. No local, uma funcionária que faz a recepção dos pacientes, identificada como Rosana, teria informado que o hospital só atenderia os casos de urgência e emergência, o que, para ela, não se enquadrava a dor de ouvido e a tosse da criança. O caso aconteceu no último domingo, por volta das 23h.
A funcionária teria encaminhado a criança para atendimento com uma enfermeira, que teria dito também que o caso não requeria cuidados e nem precisaria de avaliação médica. Como a mãe da criança insistiu para que o médico fizesse o atendimento clínico, a enfermeira informou que iria verificar se este poderia atender a paciente, o que não aconteceu.
No mesmo momento em que a criança sofria sem atendimento, uma mulher grávida chegou chorando ao hospital. A mesma recepcionista teria dito para que ela aguardasse. 'Eu não agüento mais de dor', reclamou a mulher, que recebeu como resposta a indifrença da recepcionista. 'Olha, vai ali naquela sala e fala com uma enfermeira', teria dito a atendente à paciente.
Procurado para falar sobre a denúncia, o diretor do hospital de Salinas, Álvaro Botelho, confirmou o que a testemunha havia contado á reportagem do jornal Amazônia. 'Infelizmente isso é verdade. Já apurei o fato e realmente tive a confirmação do ocorrido no hospital. O que me espanta é o fato de que a atendente é uma assistente social e que jamais deveria ter agido dessa forma', lamentou o diretor.
Um procedimento administrativo disciplinar (Pad) foi instaurado para apurar a situação e tentar melhorar o atendimento no hospital. 'Todas as medidas administrativas estão sendo tomadas. Essa funcionária vai sair da recepção, pois não compactuamos com esse tipo de atitude', assinalou Botelho.
Sobre o fato de não haver um médico de plantão, no último domingo, o diretor garante que a informação é falsa. 'Foi uma intransigência passar uma informação dessa a um paciente. A recomendação é que todos os casos sejam atendidos. O médico deveria estar em outro departamento, mas estava no hospital', afirmou.
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