Cerca de 180 especialistas debatem desde ontem, em Belém, o meio ambiente e a pecuária na Amazônia, dentro do Amazonpec – Encontro Internacional de Pecuária da Amazônia, com temas referentes às cadeias produtivas do setor. Os organizadores esperam que os debates possam subsidiar o desenvolvimento do agronegócio na região. O encontro, que se realiza no Hangar - Centro de Convenções, terá feira de exposições, seminários técnicos e mostras tecnológicas. O evento apresentará como destaque uma minifábrica de laticínios e contará com um espaço de relacionamento, aberto para a troca de experiências entre empresários, produtores e especialistas.
Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, o Amazonpec é um instrumento de uma ação maior, que mudará a forma produtiva da Amazônia: o projeto Preservar. Esse projeto mostra que o Pará possui uma quantidade de área alterada suficiente para a produção de agropecuária, capaz de satisfazer os mercados internos e externos. “A proposta do Preservar é de unir tecnologia e sustentabilidade ambiental para melhorar e diversificar a produção agropecuária da região”, explica Xavier.
O Pará tem 40 milhões de hectares de área alterada. Desse total, 27 milhões são ocupados pela pecuária. Com a implantação do Preservar, essa área ocupada pela pecuária seria repartida com a agricultura. “Tiraríamos 11 milhões de hectares da pecuária para investir em atividades agrícolas, frutas, grãos, o que desafogaria algumas carências que temos por conta desse desequilíbrio produtivo”, ressalta o presidente da Faepa.
Com os 16 milhões restantes, a pecuária seria intensificada com a injeção de tecnologia para otimizar a produção. Hoje, a média de animais por hectare, é de um para um. Com o preservar, essa média saltaria para três animais por hectare.
Leia mais no Pará Negócios, do jornalista Raimundo José Pinto
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