No AMAZÔNIA:
Os índios das aldeias Nova e Turé, localizadas a 25 km do município de Tomé-Açu, no nordeste paraense, afirmam que não vão desbloquear o ramal Vila São João, que dá acesso à reserva indígena Turé-Mariquita, sem a presença de representantes da Federação Nacional do Índio (Funai).
A Funai espera a resposta da delegacia de Concórdia do Pará - já que a de Tomé-Açu foi destruída por populares - sobre a presença de contingente policial disponível para acompanhar os negociadores.
O protesto começou na última segunda-feira, os índios alegam que está havendo acentuada extração ilegal de madeira na reserva, de 800 hectares, principalmente das espécies angelim-fava, angelim-pedra e maçaranduba.
O líder da aldeia Nova, Raimundo Tembé, acusa os madeireiros da região de estarem se beneficiando da reserva e diz ainda que índios da aldeia Tecunaí estão colaborando com os devastadores. 'O pessoal da Tecunaí não está nem apoiando o nosso protesto, porque ajudam os madeireiros. Nós queremos uma providência, pois não dá para continuar só derrubando a floresta. A nossa terra é o nosso futuro. Nós só vamos sair daqui quando houver uma posição das autoridades para acabar com esse desmatamento', diz Raimundo.
Eles reclamam também de falta de assistência e fiscalização pela Funai. 'Ninguém da Funai veio aqui saber como está a nossa situação, não estão se importando em como a reserva está', alega o líder.
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