O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem razão, mas não tanta razão, quando avalia os resultados das urnas nestas eleições de 2008.
Tem razão, por exemplo, quando diz que seu governo foi bem avaliado até por adversários históricos, ferrenhos e figadais, como ex-pefelistas hoje abrigados no DEM.
E tanto isso é verdade que a base aliada vai governar 93,5 milhões de eleitores nos municípios em todo o País, uma fatia que representa 72,5% do eleitorado brasileiro. A oposição ficou com 35,4 milhões de pessoas.
Mas não há razão em minimizar, por exemplo, a derrota do governo federal – e portanto dele, Lula – em colégio eleitoral-chave para a eleições de 2010, como é o caso de São Paulo.
Lula não transferiu votos lá.
Pode-se alegar que Lula apoiou Severino Cavalcanti, o imperador de João Alfredo, o condestável do mensalinho, que se elegeu prefeito da cidade.
Mas, com todo o respeito, a terra de Severino não é São Paulo. E nem Severino é Dilma Roussef, que teria sua vida facilitadíssima em 2010, caso venha mesmo a ser candidato a presidente da República e se a prefeitura paulistana estivesse nas mãos de um petista.
Lula, portanto, tem razão.
Mas não tanta.
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