No AMAZÔNIA:
A primeiro dia de greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Pará (Detran) movimentou a sede e todas as unidades do órgão no Pará. Na unidade da rua Antônio Barreto os servidores promoveram um apitaço na portaria do prédio do órgão. A categoria reivindica a implementação da lei de reestruturação do Detran, que cria novos cargos e estabelece os salários de cada cargo no órgão, além da aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores.
A maior concentração de grevistas aconteceu na sede do órgão, localizada na avenida Augusto Montenegro, onde os manifestantes tentaram paralisar todas as atividades do Detran. A intenção era a de impedir o funcionamento total dos serviços, no entanto, funcionários remanejados de outros setores garantiram o atendimento à população.
De acordo com Lacênio Barbosa, do comando de mobilização, os servidores pretendem estabelecer uma negociação com o Governo. 'Queremos demonstrar ao governo do Estado nossa preocupação e insatisfação com a morosidade na tramitação da lei de reestruturação do Detran, assim como a paralisação das discussões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Sabemos que o Detran tem arrecadação de 70% acima do previsto', afirmou o funcionário.
A categoria também está apreensiva pelas modificações propostas no auxílio-alimentação, com a entrada em vigor da Lei nº 7.197, de 9 de setembro de 2008, que institui o auxílio-alimentação no âmbito do serviço da administração direta, autárquica e fundacional. Na prática a lei cria uma série de normas que incidem em perdas para as categorias que já possuem o benefício. Segundo os servidores, a concessão do benefício em forma pecuniária vai impactar a folha salarial, dificultando ainda mais a aprovação da lei de reestruturação.
De acordo com as informações do diretor-geral do Detran, Lívio de Assis, as reivindicações dos servidores já foram encaminhadas ao Governo do Estado. Segundo ele, apesar da grande adesão à greve o atendimento no órgão não foi paralisado.Por volta das 11h30 de ontem, uma comissão foi recebida por representantes da Casa Civil e da Secretaria de Governo. Uma assembléia-geral dos servidores irá deliberar novos rumos do movimento ou o fim da greve.
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