terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Emendas pendentes vão pesar na aprovação de empréstimo

O processo de discussão e votação, na Assembleia Legislativa, do pedido de autorização do governo do Estado para contrair um empréstimo de R$ 366 milhões junto ao BNDES vai levar muitos deputados a cobrarem uma pendência.
Aliás, uma pendência não.
Em verdade, são milhões de pendências.
Trata-se da inexecução das emendas ao orçamento do ano passado.
Em português mais claro: trata-se da falta de liberação de recursos para viabilizar as emendas apresentadas pelos parlamentares.
Só um deputado – apenas e tão somente um – contabiliza mais de R$ 12 milhões que não foram liberados até agora.
Nem um centavo.
Nem um tostão.
Literalmente.
Essas exigências – de que as emendas sejam liberadas – constarão, certamente, das negociações para aprovar o empréstimo.
Com toda a certeza.

2 comentários:

Bia disse...

Boa tarde, caro Paulo:

esse é um jogo imundo, pois jogo sujo fica aquém dessas manobras. Mas, você está certo em manifestar seu temor ou apontar por onde esta "negociação" pode caminhar.

Aliás, acho que um deputado poderia propor o fim dessa excrescência chamada emenda. Substituí-la por uma ampla e democrática discussão do orçamento, pública, aberta, com um chamamento a todos os setores representativos das funções do estado: educação, saúde, segurança, transporte, tecnologia, etc. e tal.

Uma discussão que mostrasse objetivos e metas, dissecasse as prioridades com quem será o benficiário delas, e, neste jogo limpo, os deputados brigariam para privilegiar setores ou grupos que abertamente teriam a sua defesa.

Mas, enquanto eu sonhava aqui, nos parágrafos acima, pensava também que basta que o governo e a Assembléia deixem claro para a sociedade o plano de aplicação do empréstimo. Só isso. Já é um bom começo. E simples. Muito simples.

Vou aguardar.

Abração.

Anônimo disse...

Até para liberarem certidões dos orgãos do estado para os municípios, os dirigentes estão segurando por ordem "superior"