terça-feira, 15 de setembro de 2009

Secon monta guarda em via

No AMAZÔNIA:

A proximidade da inauguração do shopping Boulevard, em Belém, começa a provocar filas pela busca de empregos e, ao mesmo tempo, preocupação nas autoridades por causa da possibilidade de ocupação de mais uma área da cidade pelos camelôs.
O shopping localizado na avenida Visconde de Souza Franco, a Doca, será inaugurado no dia 17 de novembro e, segundo a diretora do Departamento de Comércio e Publicidade em Vias Públicas da Secretaria Municipal de Economia (Secon), Celina Brito, há rumores da articulação de camelôs para se instalarem nas calçadas do entorno do empreendimento.
A diretora afirma que, até agora, a área tem atraído vendedores de comidas sobre bicicletas. Mas eles atendem ao público específico dos operários da construção e, desde o dia 10 de agosto, estão sendo orientados a não permanecerem no local.
A fiscalização tem sido diária, segundo ela, para evitar que os rumores sobre a instalação de barracas se confirmem. Para a diretora, essa tática é mais eficaz do que esperar pela ocupação, pois, se lida com menos gente e, portanto, é exigido um grupo menor de fiscais públicos. 'A partir da inauguração, vamos ter agentes fixos. Vamos chegar antes deles. Essa manutenção tem condições de ser diária porque serão só quatro fiscais', destaca ela ao afirmar que a medida foi planejada a partir da preocupação manifestada por moradores quando a Secon fez a retirada dos carros de lanche, da Doca.
Nas ruas já ocupadas por camelôs, a desocupação se dará pela oferta de espaços alternativos. O da Palmeira, prometido há dois anos, será entregue até o dia 24 de outubro. A data foi estabelecida pelo Ministério Público Estadual.
A diretora revela que o espaço será destinado aos 335 trabalhadores retirados da avenida Presidente Vargas, em janeiro de 2007. Também receberá 33 camelôs hoje instalados na confluência das ruas Manoel Barata e 1º de Março.
O cadastramento dos futuros ocupantes do espaço da Palmeira já começou, mas menos da metade o fez porque precisam apresentar uma Carteira de Saúde. Celina explica que o documento só é emitido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), através das unidades básicas, e, devido à demanda, isso demora.
A diretora afirma que a demora em obter a carteira não excluirá os trabalhadores. Afirma, ainda, que outro espaço está em fase de conclusão. Ele fica na rua João Alfredo, no antigo prédio do banco Real, e será ocupado pelos 238 camelôs daquela rua. Por enquanto, está em fase de desapropriação do imóvel pela prefeitura.

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