quinta-feira, 17 de setembro de 2009

“Bordalo tenta apagar fogo com gasolina”, reage Parsifal

“O deputado Carlos Bordalo se precipita ao dizer que estamos alinhados com a oposição tucana. Com esse discurso, ele tenta apagar fogo com gasolina. E com gasolina que tem tem 30% de alíquota [de ICMS)”, reagiu o líder do PMDB, deputado Parsifal Pontes (na foto), ao tomar conhecimento, pelo blog, das críticas do parlamentar petista (leia a postagem acima).
Parsifal sustenta que a redução do ICMS não reduzirá, e sim aumentará a receita estadual com a venda de combustível. Lembrou que o Pará é o segundo Estado do País que tem o maior ICMS na venda de combustível, da ordem de 30%, atrás apenas do Rio, que cobra 31%.
É inadmissível, segundo o líder do PMDB, que um Estado como o Amapá, com população de cerca de 590 mil pessoas – quase duas vezes inferior à de Belém -, fature mais com a venda de combustível do que o Pará, que tem um população de aproximadamente 7 milhões de habitantes.
“O consumo aqui no Estado é muito maior do que no Amapá. O que acontece é que aqui a sonegação é enorme, porque a alíquota é altíssima. E a experiência tem demonstrado que em todos os Estados com alíquotas na faixa dos 20% aos 25% têm a receita aumentada, porque ganham em escala, porque o consumo aumenta”, reforça Parsifal.
Ao contrário, o deputado garante que a preocupação do partido, neste debate, é aumentar a receita, é garantir a elevação da receita do Estado. Ressalta, por exemplo, que enquanto o governo do Estado alega que perderia R$ 112 milhões com a redução do ICMS, o sindicato dos donos de postos de combustíveis contrapõe a informação de que a receita será elevada em R$ 57 milhões, porque o consumo vai aumentar.
O deputado garante que não chamou o secretário de Fazenda de “irresponsável”. “Esse termo ‘irresponsável’, é o deputado Bordalo que está colocando na minha boca. Eu disse, e repito, que o secretário da Fazenda foi e está sendo indelicado. Está agindo com indelicadeza com a Assembléia. Parece até que pretende brincar com a nossa inteligência”, afirma o líder do PMDB.
Ele diz que Trindade raciocina em termos ”de uma regra de três simples para um problema complexo”. O secretário, segundo o deputado, “acha que se alíquota cair 3%, também deixará de entrar dinheiro no cofre do Estado da ordem de 3%. Isso é uma regra de três simples, que eu ainda aprendi no primário. O secretário não dá relevância aos ganhos de escala”, insiste o líder do PMDB.
O deputado lembra que o posicionamento da bancada e do partido está sendo externado no âmbito de discussão do projeto que tramita na Assembleia. “É possível até que, na hora de votar a matéria, e se o governo estabelecer que haverá questão fechada, a bancada do PMDB vote contra o projeto. É possível. Mas o processo atual é de discussão da matéria. E nós, do PMDB, temos o direito de externar nossas posições. Não é o fato de sermos da base que nos obriga a aceitar uma falácia”, encerrou Parsifal.

5 comentários:

Hilder Branco disse...

Parsifal Pontes, se notabililou na politica tucuruiense como um homem de carater duvidoso. Tanto é verdade que ele nunca mais conseguiu ganhar nadica de nada em Tucuruí. Este mesmo ser insite no mesmo erro, agora a nivel estadual. Pois ele insiste na tese de bater com uma mão e acalentar com a outra. Pontes, continua chamando o governo petista de irresponsável, porém finge que esquece que sua esposa, ANN PARATUR PONTES, faz parte dessa irresponsabilidade.

André Carim disse...

Parabéns pela coerência, Parsifal.

Anônimo disse...

Qual é mesmo a mão que o Parsifal está acalentando o governo?

Anônimo disse...

O deputado falou besteira ao dizer que o Amapá fatura mais que o Pará na venda de combustíveis ,não leu sequer os dados fartamente distribuídos na ALEPA, pelo próprio sindicato dos distribuidores de combustíveis .Nele vemos que o Amapá em 2008 consumiu 83 mil m3 de gasolina e 3 mil m3 em álcool, enquanto que no mesmo ano o Pará consumia 559 mil m3 de gasolina e 32 mil m3 de álcool. A arrecadação do estado é sobre estes números e assim jamais o pará poderia de maneira alguma faturar menos que o amapá em combustíveis. É impressionante : quando empresários falam,alguns deputados desaprendem até a ler.

Paulo Leal (ALEPA) disse...

Lá vem a conta da SEFA, que como diz o Parsifal só sabe fazer regra de tres simples. Os cálculos, que foram feitos pelo Deputado Miriquinho, que é doutorado em matematica, mostraram que, em termos proporcionais, cosiderando o consumo e a população, o Pará arrecada com combustível menos que o Amapá. Em termos absolutos claro que lá tudo é menor. o Deputado Miriquinho só não sabia que os calculos que ele fez iam ser usados pelo Parsifal contra o proprio PT.