O deputado Carlos Bordalo (PT) - na foto - considera que o sentido do pronunciamento do líder do PMDB na Assembleia, Parsifal Pontes, tem ido muito além da mera defesa em torno de tema de natureza técnica, como é a proposta do Executivo de redução das alíquotas de ICMS que incidem sobre combustíveis.
“O que eu ouvi do líder do PMDB foi um alinhamento escancarado com a oposição tucana. Foi a indicação clara de uma aliança que eu não posso dizer que seja uma aliança eleitoral para 2010. Mas posso dizer que é uma aliança política. Isso ficou claro no pronunciamento do líder do PMDB”, disse Bordalo ao blog.
O parlamentar argumenta que, em discussões dessa natureza, o lógico é qualquer partido se mostrar preocupado com a perda de receita do Estado “Mas não é o que tem acontecido com a bancada do PMDB na Assembleia”, diz Bordalo. “O PMDB tem adotado uma postura de quem está alinhado completamente com a oposição e não demonstra qualquer preocupação com as repercussões financeiras do projeto, que pode resultar em perda de receita para o Estado”.
Bordalo também se revelou contrariado com afirmações de Parsifal, de que o secretário da Fazenda, José Raimundo Trindade, teria sido “irresponsável” ao apresentar números e outros dados que demonstram os prejuízos para o Estado, caso o projeto seja aprovado. “Ao chamar o secretário de irresponsável, ele [Parsifal] indiretamente também acusou a governadora Ana Júlia de ser irresponsável. Isso porque o secretário dirige uma secretária das mais importantes, como é a Sefa, e portanto integra o staff da governadora”, conclui Bordalo.
4 comentários:
Ja estao procurando culpados para incoPTencia de vocês?
Bom dia, caro Paulo, com saudades.
O Deputado Bordalo costuma não convencer. É da sua natureza. Mas, às vezes exagera.
Confunde-se e transforma seu discurso em mais um ato bufo da tragicomédia que é este governo.
Neste descompasso, ele afirma que há uma aliança política entre o PMDB e o PSDB, mas, na sua errada e reducionista visão da política, esconjura uma aliança aleitoral.
Muito confuso o Deputado. Se se apostasse numa aliança política, quase que fatalmente estaria embutida nela a aliança eleitoral.
Com isto o Deputado expõe, sem querer, o que pensa seu partido: alianças eleitorais são apenas isso. Ganha-se a eleição e depois cada um por si e deus também. Aliança política, aquela que gira em torno de projetos e propostas, esta seu partido jamais soube o que é. Ou se soube, desconversa.
Assim, num ato bufo, o Deputado revela a verdade. Aliás, o que faziam os bufões.
Abração, Poster.
Bia,A leninista complexa, desconhece que uma aliança política e uma aliança eleitoral se diferem justamente porque a primeira não necessariamente se expande até a eleição, pode ser um acordo pontual, aliás como fazem tucanos e peemedebistas nesse momento, por uma questão específica.
Nem sempre uma aliança política se torna eleitoral, como PT e PMDB já fizeram várias vezes, assim como PSDB e PMDB, PPS e PT e por aí vai.
Bia, na verdade, é quem expõe um pensamento limitado a respeito das alianças políticas.
Alianças eleitorais são consequencias de alianças políticas, mas que podem se desfazer, tal como PPS-PSDB e PPS-PT recentemente.
O mais curioso é que não entrou na análise da Bia que tipo de aliança é aquela em que um partido está ao mesmo tempo num governo e numa prefeitura que se opõem uma a outra.
Ah! Imagino, deve ser a aliança "pelo bem do povo" ou "pelo bem do Pará".
Boa noite, caro Paulo:
Ave, Nicolau:
sua ironia grossa (pois ironia fina é outra coisa) não explicou nada. Daí que, respeitando ou supondo sua inteligência, deduzo que você não leu o que escrevi.
Primeiro: jamais fui ou me defini como leninista.Tenho, lá isso sim, uma ferrenha comiseração pelo sofrimento do outro - o que não se confunde com piedade, please.
Segundo: não ser leninista complexa ou simplezinha, não abala minha inteligência e minha capacidade de ler o que está escrito e ter muita perspicácia para ler linhas e entrelinhas. Isso sempre é bom.
Terceiro: continuo afirmando que seu partido não tem a menor idéia do que é uma aliança política, e a "interpretação" do Deputado Bordalo revelou exatamente isso. Aliás, o PT no Pará, ou a sua pior fração, a DS, faz acordos, não alianças, sempre acreditando que com a sua esperteza dará o "by pass" ali na frente. Isso, meu caro, não é mesmo aliança eleitoral, sequer política: chama-se trampa!
Quarto: você tem toda razão, Nicolau, sobre as alianças políticas se desfazerem, sem, às vezes, chegarem a ser eleitorais, especialmente quando os parceiros são medíocres, desonestos e chinfrins. Há casos no planeta, garanto-lhe.
Abração, Paulo.
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