Enfermeiros rejeitam proposta do Sindespa

No AMAZÔNIA:

O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde no Pará (Sinthosp), que representa cerca de 32 mil técnicos em enfermagem, rejeitou a proposta de reajuste atrelado ao salário e o aumento da carga horária de trabalho, sem folgas, feita pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Pará (Sindespa).
Na assembléia de ontem, os trabalhadores formularam uma contraproposta, que será enviada ao sindicato patronal e aos hospitais em que prestam serviço no Estado. O Sinthosp vai esperar uma semana pela resposta da classe patronal. Se não houver acordo, os trabalhadores se reunirão novamente, em assembléia, na próxima quarta-feira, 2, para decidir os próximos passos.
Segundo o presidente do Sinthosp, José Francisco Pereira, o Sindespa propôs uma escala de trabalho de seis horas diárias, com intervalos, que vai das 7h às 13h, das 13h às 19h, das 19h às 1h e de 1h até 7h, retirando-se as folgas. Além disso, a proposta de reajuste salarial é de 12% para o trabalhador que recebe R$ 500,00, de 9% para quem recebe até R$ 600,00 e de 5% para quem recebe a partir de R$ 600,00. Porém, os trabalhadores reivindicam um aumento de 12% que não esteja atrelado ao valor do salário, portanto, que seja igual para todos os trabalhadores.
José Francisco conta que, na contraproposta enviada à classe patronal, os trabalhadores propõem a manutenção da escala de 12 horas de trabalho, com 36 horas de intervalo. O presidente do Sinthosp disse que os trabalhadores estão sendo 'ameaçados pelos patrões'. Segundo José Francisco, representantes do sindicato patronal afirmaram que se os trabalhadores não acatarem a proposta, terão de trabalhar a partir do dia 1º de setembro de acordo com a escala proposta pelo sindicato. 'Caso isso aconteça, os trabalhadores do Estado entrarão em greve, em protesto', assegurou Francisco.