segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Pagodão com criancinhas por perto. E idosos de 93 anos.

A postagem Belém da tranquilidade, Salinas do barulho mereceu o seguinte comentário de um Anônimo:

Também fomos vítimas dos treme-terra móveis em Salinas.
Na praia e em casa.
Às 23h de sexta, após aturar por uma hora o "pagodão" das caixas de som do carro do vizinho na porta da casa dele, meu filho foi até lá.
Devidamente instruído e com toda a cautela e educação que a "periculosa" ação demandava, solicitou que os pagodeiros reduzissem alguns decibéis tendo em vista, principalmente, o sossego de meu pai, seu avô de 93 anos bem vividos.
Em meio a alguns sorrisos metade deboche metade surpresa , prometeram diminuir o volume.
E diminuíram.
Por exatos 10 minutinhos.
Em seguida, retornaram com a programação "musical" (nem discutamos a qualidade, apenas lamentemos...) em volume ainda maior que o anteriormente reclamado.
Nem relaxamos nem gozamos; fazer o quê?
Assim ficaram até 0h30, quando saíram para infernizar alguém, sabe lá, no Atalaia ou Maçarico.
Surpreendente foi constatar, no outro dia, que naquela casa havia criancinhas bem pequenas que certamente devem ter sofrido nas mãos e ouvidos dos inconsequentes.
Mas Salinas ainda é Salinas, apesar dos pesares.
Ah, sim. Louve-se o novo prefeito, que amanheceu limpando a cidade e retirando lixo acumulado de duas administrações "Di" descalabro.
Tomara que não fique só no começo.


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Do Espaço Aberto:

Anônimo, seu testemunho nos oferece um motivo a mais para deplorarmos a selvageria.
Muitos pensam que selvageria é apenas tirar a vida dos outros.
Não é, não.
Também é selvageria disseminar hábitos que são nocivos ao convívio social.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu sempre quis entender de onde vem essa predileção de alguns pela poluição sonora. Sempre quis.

Acho uma imbecilidade ligar o som no último volume para ouvir seja lá que música for. Primeiro, porque faz mal aos ouvidos - pode causar danos irreversíveis à audição.

Segundo, porque é simplesmente impossível conversar com quem está ao lado nesse tipo de ambiente. Para estabelecer o mais simples diálogo, é necessário berrar. Ou seja, barulho gera mais barulho. Não é coisa de gente imbecil?

E mais, a idéia de ouvir música está associada ao prazer, ao relaxamento dos sentidos. Como ter prazer com esses "forróbreganejos" de gosto terrível em altíssimo volume? Quem faz isso é mentalmente perturbado e totalmente despreparado para o convívio social.

As emissoras de TV mostram o estrago que as festas de aparelhagem da periferia e as boates das áreas vips fazem na vida dos jovens: drogas, violência, criminalidade e todos os tipos de delinquência. No entanto, as TVs são o principal canal de divulgação dessas festas. (em tempo, nada tenho contra festas, alegria ou diversão; o problema é que o tipo de festa atual não é nada saudável)

Outro dia, assistindo a um telejornal local, no intervalo passou um comercial anunciando uma festa de aparelhagem (não lembro qual) no Ipanema Clube. Logo em seguida, volta o jornal. A notícia que abriu o bloco: "Uma pessoa morre em festa de aparelhagem na periferia de Belém". Irônico, não?

E assim vamos vivendo nesta terra de imbecis!

Anônimo disse...

Fui passar uns dias em Natal. Bela cidade, voltarei mais vezes. Andando pela orla, qual não foi minha surpresa ao encontrar um carrão desses, com som nas alturas. Foi uma surpresa decepcionante, porque por vários dias andando pelas praias, não havia me deparado com cena igual. Lá, felizmente, não há esse hábito. Mas a surpresa maior foi quando pasei ao lado da "nave do som" e olhei a placa: Ananindeua-Pa. Dei um sorriso meio amarelo e segui adiante.