segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

“Operação Reação” detém mais de 200

No AMAZÔNIA:

O regime de tolerância zero deflagrado pela Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), da Polícia Civil, com a operação 'Reação', fechou uma festa e levou mais de 200 pessoas detidas para a Seccional da Cremação, na madrugada de ontem. Dezenove pessoas ficaram recolhidas por terem passagens pela polícia e outras 100, menores de idade, foram transferidas para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), para triagem. O delegado Paulo Tamer disse que 'a ordem é endurecer, a polícia não vai dar descanso para marginal'. A 'Reação' é uma resposta ao crescimento da violência na Região Metropolitana de Belém, que já fez vítimas até entre autoridades do setor, com a queda do coronel Ruffeil, que comandava a PM, e do delegado geral Justiniano Alves.
As cinco viaturas do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), equipe de elite da Polícia Civil ligada à Delegacia-Geral, com aproximadamente 20 homens, saíram pela madrugada tendo como rota o patrulhamento da chamada 'tríplice fronteira', uma zona vermelha em segurança que compreende os limites entre os bairros do Jurunas, da Cremação e da Condor.
E foi exatamente nessa área, no Pagode do Cazuza, conforme disse o delegado Paulo Tamer, que as detenções ocorreram. O diretor de Polícia Metropolitana explicou que a operação está sob o comando do delegado Cláudio Galeno. A equipe chefiada por Galeno chegou à área da festa e foi recebida com agressividade pelas pessoas que eram revistadas. Houve um princípio de tumulto e reação contra a polícia.
Marginais - A resposta da polícia, explicou Tamer, foi dura e até bombas de efeito moral foram utilizadas. 'A casa de festas foi fechada. Marginal não tem o direito de beber. Marginal não tem o direito à diversão. Marginal na rua vai para a cadeia', enfatizou o diretor de Polícia Metropolitana.
Foram necessários dois ônibus para levar todas as pessoas detidas para a Seccional da Cremação. A triagem inicial só terminou pela manhã.
A delegada Ana Arruda, que estava no plantão da Seccional, disse que a maioria das pessoas detidas mora nos bairros do Guamá e da Terra Firme. Pelo menos 100 delas eram menores de 18 anos e foram conduzidas à Data.
Entre os detidos para a triagem na Seccional da Cremação, 19 ficaram detidas por terem passagens pela polícia. Um deles, identificado como Jeanderson dos Santos Silva, responde a uma série de inquéritos, quase todos por assalto. A 'folha corrida' de processos do acusado consultada durante a madrugada somava nove páginas. 'Vamos checar com mais cuidado a situação de cada uma dessas pessoas e só depois elas serão liberadas ou presas', afirmou a delegada.
A operação 'Reação' não tem data para acabar e vai intensificar as rondas, todas feitas pelo GPE, nas áreas mais violentas da cidade.

5 comentários:

Anônimo disse...

Torço com todas as minhas forças que essa operação "Reação" não se torne como os nossos regimes, ficam e perduram somente pelo primeiro dia, semana, depois caímos na tentação e tudo volta como era antes!

Anônimo disse...

Não sabia que a lei brasileira tenha permitido a chamada "tolerância zero".

É muito grave, aliás gravíssimo, que não estejam prendendo quem cometeu delitos, qualquer que seja o argumento.

A obrigação da autoridade policial é prender quem esteja em frangrante delito. Pronto. Esta é a lei. Inclusive se não o fizer incorrerá em crime, porque deixou de agir quando estava obrigado.

Alias, o que as autoridades entendem como "torerância zero". Seria bom explicar.

Pior do que ler as bobagens que se referem à tolerância zero, é assistir o Ministério Público inerte, sem fiscalizar a lei ou cobrar de quem tem a obrigação de aplicá-la.

É por isso que o Chefe do MP jamais poderia ser nomeado pelo governador, do mesmo modo que um juiz não poderia chegar ao desembargo. São defeitos da estrutura estatal que, um dia, quando não mais suportarmos tantas imoralidades, serão mofidicados.

Polícia, prenda.
Ministério Público, fiscalize e denuncie.
Justiça, solte apenas se a lei permitir.
Eleitor, vote em quem tem educação e inesgotável respeito pelas coisas alheias.

A última bobagem feita pela governadora foi nomear, outra vez, para delegado geral, aquele que chamou a menina de Abaetetuba de doente mental.

Por essa e outras é que temos a certeza que a violência vai piorar!

Anônimo disse...

Olá,

uma pergunta ao Governo do Estado:
se o Governo diz que as festas de aparelhagens são instrumentos da criminalidade porque este proprio governo comemorou o Bolsa Trabalho contratando a aparelhagem Pop Som?

Anônimo disse...

Anônimo , falou e disse.

Anônimo disse...

É a irresponsabilidade levada às últimas consequências.
Tem sem-terra e sem-teto, mas tem também sem-vergonhas!