quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Israel mata ao menos 30 em escola da ONU

Na FOLHA DE S.PAULO:

Ataques lançados por Israel deixaram pelo menos 30 mortos e 55 feridos ontem em uma escola das Nações Unidas na faixa de Gaza, informou a ONU. Médicos da região contaram 42 mortos. Foi o pior incidente em 11 dias de ofensiva contra o grupo fundamentalista islâmico Hamas, em meio ao avanço da invasão israelense a Gaza.
Segundo a ONU, 350 civis haviam se refugiado da violência na escola Al Fakhora, no campo de refugiados de Jabaliya, no norte de Gaza, e foram surpreendidos por três bombas da artilharia israelense, que atingiram uma aglomeração do lado de fora da escola, espalhando estilhaços dentro do local.
O Exército de Israel afirmou que os ataques foram em reação a disparos feitos da escola pelo Hamas, que estaria usando civis como "escudos humanos". Disse também que dois responsáveis por unidades de disparo de morteiros do Hamas estavam entre os mortos.
Dois moradores de Gaza citados pela agência Associated Press disseram que os fundamentalistas usaram uma rua próxima à escola para lançar morteiros contra soldados israelenses. John Ging, diretor em Gaza da UNRWA, agência da ONU para os refugiados palestinos, disse que a região da escola, densamente povoada, foi local de combates entre o Hamas e soldados israelenses: "Há intensa atividade de militares e milicianos na área".
Ging afirmou que a triagem feita pela ONU impede a entrada de milicianos do Hamas na escola e que Israel recebeu da entidade as coordenadas do local: "Era inevitável um alto número de mortos se bombas atingissem a área. Não há lugar seguro em Gaza. Todos aqui estão aterrorizados e traumatizados". Ele pediu uma investigação independente do caso.
O Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) disse que o ataque "foi uma clara violação humanitária e da legislação internacional".

Mais aqui.

Nenhum comentário: