segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Enterro de cabo reúne dezenas de amigos

No AMAZÔNIA:

Dezenas de policiais da Rotam compareceram ao velório e ao enterro do cabo Paulo Sérgio da Cunha Nepomuceno, realizados durante a tarde de ontem em Ananindeua. A viúva do policial chegou a desmaiar na entrada do cemitério, sendo carregada em seguida. Os pais da vítima, parentes e amigos evidenciavam nos rostos a tristeza pela morte súbita do policial.
O corpo do cabo Cunha foi liberado pelo IML às 10h45 e chegou por volta do meia-dia à Capela Metropolitana, na Cidade Nova 1, para o velório. Após uma cerimônia católica, um grande cortejo acompanhou o funeral até o cemitério. Boa parte do efetivo da Rotam que integra as operações policiais em curso compareceu ao enterro. Foram mais de 35 homens, acompanhados de oficiais do Motopatrulhamento e Comando de Operações Especiais. Assim que o caixão baixou na sepultura, os policiais recitaram o juramento da Rotam, em homenagem ao colega falecido.
O coronel Leitão diz ter conversado com o cabo Dias, pai de dois dos suspeitos mortos, ainda na casa dos garotos, onde foram baleados. 'Falei com com o pai, que podemos educar o filho da melhor maneira possível, mas sempre há o risco de ele tomar outro rumo. É uma infelicidade', diz. Já o pai do cabo Cunha, o policial militar aposentado Enóquio da Cunha, não foi tão compreensivo assim. 'Um pai não deve acobertar os erros dos filhos, mas sim corrigir, para evitar este tipo de coisa', disse Enóquio, na saída do enterro.
Parados - Na noite de ontem, apenas duas viaturas da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) foram às ruas. O normal seria que nove viaturas, somando 36 homens, estivessem nas ruas de Belém, atuando em situações variadas. Ao invés disso, apenas oito policiais tiveram autorização para fazer ronda.
Segundo informações extra-oficiais, a ordem partiu do comando geral da Polícia Militar (PM), e teria dois motivos principais: evitar novos confrontos e mais mortes (já que quatro pessoas foram mortas em troca de tiros com a polícia) e uma maneira também de diminuir a probabilidade de um ataque contra homens da Rotam, evitando assim outra morte de policial. A decisão teria sido tomada porque homens ligados à criminalidade foram mortos, e outros bandidos ligados à estes poderiam se vingar.

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