No AMAZÔNIA:
O secretário estadual do Meio Ambiente, Valmir Ortega, comentou, ontem, os números divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que coloca o Pará no topo do desmatamento na Amazônia. Segundo Ortega, os números são alarmantes, mas ainda assim mostram progressos por conta das ações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) no combate à prática de desmatamento no Pará. 'É claro que os números são altos e alarmantes também. Mas se você olhar os números do desmatamento no Pará no ano passado vai perceber que era o dobro do divulgado desse ano, o que significa que os esforços do governo do Estado estão dando resultado', afirmou.
O cálculo do Inpe, feito por meio de imagens de satélites, indica que somente no mês de agosto foram destruídos 756,7 km² de floresta, área equivalente à metade do município de São Paulo. Em julho, o Inpe registrou 323,9 km² de florestas derrubadas. A medição foi feita pelo sistema Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que identifica apenas as áreas desmatadas ou degradadas que tenham área maior que 2.500 m². Por causa das nuvens, nem todos os desmatamentos são detectados. 'A partir de julho o monitoramento por satélite melhora, uma vez que as nuvens diminuem e o território fica mais exposto', obeservou Ortega.
Para ele, a fase crítica do ano ainda vai começar. 'Nós sabemos que a partir de setembro, até o final do ano, o desmatamento é ainda maior em nossa região. É o momento em que as chuvas dão uma trégua e os devastadores aproveitam. Por isso, o governo do Estado já está trabalhando para deter a proliferação da devastação', afirmou.
Incra - Em Belém a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não quis comentar o ranking dos maiores responsáveis pelos desmamento, divulgado pelo ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, em que o órgão aparece no topo da lista dos seis primeiros órgãos mais multados por desmatar a Amazônia. A assessoria de imprensa do Incra regional informou que somente o presidente nacional do instituto, Rolf Hackbart, comentaria as informações divulgadas por Minc. Assentamentos federais de reforma agrária ocupam os seis primeiros lugares do ranking dos 100 maiores desmatadores da Amazônia Legal. O Incra foi multado em R$ 265,6 milhões por desmatamento em oito assentamentos diferentes, todos localizados no Mato Grosso.
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