Tucanos – não todos, mas vários – admitem que a reunião de sete deputados no gabinete do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), foi um erro crasso.
Foi uma reunião desastrada.
Uma reunião que entornou o caldo.
Acendeu novos estopins.
Reabriu feridas que já estavam meio – meio, frise-se – cicatrizadas.
Não era necessário, acham os tucanos, que a revoada dos companheiros – porque tucano tem companheiro, vocês pensam que não? – a Brasília fosse feita às escondidas.
E não era necessário isso por um motivo muito simples: porque os temas em discussão – a mudança de comando do partido e a definição do candidato do PSDB ao governo, em 2010 – são temas que estão sendo discutidos todo dia, o dia todo entre os tucanos no Pará.
E mais: era preciso avisar todo mundo, inclusive e sobretudo o presidente regional do partido, Flexa Ribeiro. E além dele, era preciso convidar o senador Mário Couto, parte diretamente interessada nos assuntos tratados no gabinete de Guerra, até porque é um dos aspirantes, dentro do PSDB, a se candidatar ao governo do Estado no próximo ano.
O resultado da reunião desastrada, acha um segmento do PSDB, joga por terra os esforços que o próprio Mário Couto e o ex-governador Simão Jatene – outro pré-candidato ao governo – vinham fazendo nas últimas semanas, para entenderem-se e, dessa forma, unir a legenda.
E o pior, deploram os tucanos inconformados com a reunião desastrada, que ainda tem o fator Almir pela frente.
Almir é o Almir Gabriel, seja bem dito.
Aquele que resolveu se candidatar novamente.
Ninguém sabem a quê.
Mas ele resolveu se candidatar.
Deve se candidatar apenas para atrapalhar.
Para atrapalhar o PSDB, é claro.
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