De um Anônimo, sobre a postagem Castanha-do-maranhão. Que coisa!:
"Oh, Pará/
Quanto orgulha ser filho/
De um colosso/
Tão belo e tão forte"
O hino é bem um retrato (há muito na parede) da exacerbação de nosso inofensivo furor identitário, expresso principalmente pela via estomacal - "não vivo sem açaí", "sem farinha eu não como".
Aqui tem a melhor comida do mundo? Tem sim, senhor.
Mas também tem um povo anestesiado, fazendo uma eterna sesta depois do pirão de açaí. Com uma foto dessas, dá uma acordadinha pra reclamar do Maranhão, xinga um pouquinho, se queixa, mas logo ronca de novo.
Já as elites e políticos, que nada têm de preguiçosos e dorminhocos, muito pelo contrário, acordadinhos da silva para seus próprios interesses, conseguem maltratar mais esse pobre Pará do que os donatários da capitania do Maranhão, quem diria, né seu poster?
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