No AMAZÔNIA:
Está marcada para hoje, às 15 horas, o encontro que definirá se os bancários entrarão ou não em greve. A quarta reunião entre banqueiros e bancários para negociação da campanha salarial está sendo considerada, pelos bancários, a rodada definitiva. Até agora a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nenhuma proposta aos bancários. Entre as reivindicações feitas estão reajuste salarial de 10%, aumento da participação no lucro das empresas e valorização dos pisos salariais. A deliberação da greve será feita durante assembleia da categoria, o que pode ocorrer amanhã ou sexta-feira.
Caso a categoria decida amanhã paralisar ou iniciar uma greve por tempo indeterminado, os bancos fecham as portas somente a partir da próxima segunda-feira. 'Hoje (ontem) não podemos falar sobre a convocação da assembleia. Temos primeiro que esperar o resultado do encontro e as orientações do nosso comando nacional', pondera o diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Márcio Saldanha.
A quarta e última rodada de negociações, marcada para hoje, tratará sobre saúde e condições de trabalho. 'Durante as rodadas anteriores não foram apresentadas propostas. Mas esperamos que eles (banqueiros) apresentem algo. Por enquanto, posso dizer que o cenário não é muito positivo', define Saldanha.
Apesar de afirmar que existe 'uma grande possibilidade de termos uma greve nacional ainda este ano', o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Alberto Cunha, tenta manter um discurso tolerante. 'Não vamos nos negar a participar de uma nova rodada de negociações caso seja necessário. Mas é preciso levar em conta que nosso tempo está se esgotando. A minuta geral da campanha salarial foi entregue dia 10 de agosto. Até agora, quase um mês depois, não recebemos nenhuma proposta. Estamos preparando a categoria para o início de uma greve, o que só irá se concretizar devido a morosidade dos banqueiros', afirma.
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