sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Audiência pública vai discutir conflitos em Eldorado

Audiência pública marcada para 12 deste mês, em Eldorado dos Carajás, tentará encontrar uma solução para minimizar os conflitos agrários na região. A proposta da reunião é do deputado estadual Arnaldo Jordy, presidente da Comissão de Direitos Humanos, da Assembléia Legislativa.
O caso principal a ser debatido será o conflito que resultou, no último dia 23 de agosto, com a morte do agricultor de 20 anos, Wagner Nascimento da Silva, durante possível emboscada próximo a Vila Betel, localizada no município. A morte do colono teria sido praticada por funcionários da fazenda ligada ao grupo da Santa Bárbara, do empresário Daniel Dantas.
A polícia já teria confirmado essas suspeitas, segundo informações repassadas pelo delegado local ao deputado Arnaldo Jordy. “Entramos em contato com o delegado e ele nos informou que tudo indica que foi execução”, disse o parlamentar, que vai ficar no aguardo do resultado do inquérito, que deverá sair dentro de uma semana.
Enquanto isso, a Comissão de Direitos Humanos agendou a audiência pública e vai marcar uma reunião com os dirigentes do Incra de Marabá para tentar encontrar uma solução aos conflitos na região. Para o encontro serão convidados representantes da Ouvidoria Agrária Nacional e da Comissão Nacional de Direitos Humanos.
Na quarta-feira (02), uma comissão de deputados recebeu o presidente do Sindicato dos Pequenos Produtores Rurais de Marabá, Adilson Barbosa, conhecido por blindado, que denunciou estar sendo ameaçado de morte. É que ele quem lidera o grupo que permanece acampado na fazenda do grupo Santa Bárbara e, por isso, seria o principal alvo da emboscada que matou Wagner Silva. A fazenda, que já teria sido destinada para fins de reforma agrária, foi ocupada, em fevereiro deste ano, por cerca de 400 famílias. “Viemos pedir apoio de vocês”, disse Barbosa, acompanhado do agricultor, Tiago Costa.
Arnaldo Jordy informou que encaminhou pedido ao Provita –Programa de Proteção ás Testemunhas Ameaçadas de Morte – a fim de garantir proteção à vida ao sindicalista. O programa é gerenciado pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Governo Federal. Participaram da reunião, os deputados Arnaldo Jordy, Tetê Santos, Bernadete Caten, Luiz Cunha e Júnior Hage, além de representantes da Sociedade de Defesa de Direitos Humanos.

Fonte: Assessoria Parlamentar

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