quarta-feira, 5 de agosto de 2009

PMDB oferece mais evidências sobre o fim da aliança

O PMDB já começou a mexer as primeiras pedras que indicam o fim da sua relação com o PT e com o governo Ana Júlia Carepa.
Ontem, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Juvenil (PMDB), anunciou a licença do peemedebista Carlos Eduardo Anaice por um período de 150 dias para tratamento de saúde. Tem mais de um ano que Anaice foi submetido a três pontes de safena.
O que isso indica? A manutenção do líder do partido na Casa, deputado Parsifal Pontes (na foto, extraída de seu próprio site). Ele ocupa a vaga de Francisco das Chagas Melo, o Chicão, deputado eleito, que hoje está na Secretaria de Obras pela cota do PMDB.
De acordo com Parsifal, Chicão tem manifestado sua insatisfação com o tratamento que recebe do governo e já não esconde a vontade de deixar a secretaria e assumir seu assento no parlamento estadual. Se ele retornar, Parsifal perde o emprego.
Então, Jader foi rápido no gatilho. Chamou Anaice para uma conversa de pé de ouvido, e em nome do partido pediu sua “colaboração”, aceita de imediato. Conclusão: sai Anaice, entra o segundo suplente do PMDB, o ex-deputado e ex-prefeito de Castanhal, José Soares e, quando Jader sinalizar, Chicão deixa a Seop, volta à Casa, Soares sai e Parsifal permanece incólume. Mas toda essa engenharia arquitetada por Jader irá se desenrolar em doses homeopáticas.
Tem mais: o partido estuda ainda a possibilidade de assinar, junto com o PSDB, requerimento para pedir a CPI dos kits escolares. São necessárias 13 assinaturas para aprovação do documento. PMDB e PSDB têm uma bancada de 17 deputados.
Parsifal não diz com todas as letras que o rompimento é liquido e certo. Mas também não precisava. Reiterou as críticas que tem disparado ao Executivo, reclamou da falta de espaço político do PMDB, da “falta de delicadeza” com os aliados peemedebistas e que o partido não está atrás de cargos.
Disse mais: que não houve queda de receita, mas descontrole das despesas e classificou o governo Ana Júlia de imaturo, ingênuo, centralizador e leigo em matéria de gestão. “Para um administrador leigo, num primeiro aperto o corte é do cafezinho”, alfinetou.
Parsifal defende uma candidatura própria do PMDB ao governo.
O partido tem 41 prefeitos. O PT chegou aos 27 e o PSDB patinou nos 13.

4 comentários:

Anônimo disse...

O nome correto do deputado é Luis Eduardo Anaice!!
abraço

Anônimo disse...

O problema da Ana Julia é que ela colocou um bando de amador para tratar com profissionais. Seja o que seja o Barbalhão e seja o que seja o Parsifal, os dois jogam afinados e são competentes e o governo do PT do Pará está igual aquilo que o Lula falou, cheio de aloprados.

Anônimo disse...

Paulo, apesar de razoável, do ponto de vista da lógica política, parcifal está esquecendo que a determinação final virá de Brasília e não de sua cabecinha.

Anônimo disse...

O Barbalhão vem aí!