Kit escolar: qual é mesmo a utilidade da agenda?

Da leitora Célia Castro, sobre a postagem Kit escolar: entre a propaganda e a realidade:

Venho acompanhando essa série de postagens sobre essa crise do Governo do Pará com a compra de kits escolares sem licitação, o que acarretou um custo já divulgado pela própria Seduc de quase R$ 50 milhões. Embora reconheça a ação como sendo boa para os alunos da rede pública, quero aqui unir forças para que essas denúncias sejam realmente apuradas, como me parece que vem sendo pelos Ministérios Públicos; e os responsáveis por essa farra com o dinheiro público, o nosso dinheiro, sejam exemplarmente punidos.
Se não bastasse toda a trapalhada desde a origem do processo - aliás, pela falta de, já que nem licitação foi feita -, questiono também o material que faz parte desse kit. Se não bastasse a qualidade das mochilas, conforme comentário aqui revela, tem uma outra coisa que questiono: a tal da agenda. Fico a me perguntar: qual a utilidade dessa agenda pro aluno? Não seria mais lógico um bom caderno, para que o pobre tivesse aonde anotar as suas aulas?
Nem a propósito, estava eu, ontem [sábado], num desses importados de R$ 1,99, ali na Pedro Álvares Cabral. Me chamou atenção no setor de material escolar um caderno grande, com 200 páginas, pra dez matérias, todo ilustrado, capa dura etc e tal. Pois bem: o preço desse caderno na loja: R$ 6,29. Fiz uma conta rápida, comparando com o preço da tal agenda, que custou o dobro. Só que a agenda tem a metade do tamanho do caderno e menos páginas. Cheguei fácil à conclusão de que não só pela utilização, pela incorreção nas compras, mas também pelos preços praticados tem muito mais maracutaia nesse balaio todo que se tornou o kit escolar da nossa governadora Ana Júlia.