“A nossa cidade precisa não apenas revitalizar a sua orla, mas acabar com os esgotos despejados no rio [Tapajós]. Precisamos de uma cidade bonita, mas que esteja comprometida com as questões ambientais”, defendem as signatárias da carta.
Quem haverá que não concorde com elas?
Na foto acima, do blog, o Tapajós no encontro com Amazonas à altura da Ponta Negra, em frente a Santarém.
Abaixo, a íntegra da carta:
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Vivemos em uma cidade privilegiada pelas suas belezas naturais, onde a biodiversidade está presente em suas águas, na fauna e na flora. Falar de Santarém sem falar de suas praias e belezas naturais é algo difícil de se conceber. Afinal, ela é rodeada por essas maravilhas e não haveria como não reparar e comentar. A praia dos Namorados, situada em frente ao Museu João Fona, é um ótimo exemplo de praia a ser apreciada pelas suas belezas naturais. Porém, outros detalhes precisam ser levados em consideração e tratados com mais seriedade, como, por exemplo, o despejo de efluentes de esgotos a céu aberto diretamente nas praias e nos rios, bem como o acúmulo de lixo e outras sujeiras no local.
Esse despejo de efluentes no rio Tapajós configura um dos maiores problemas ambientais da nossa cidade, pois compromete a harmonia paisagística, as espécies existentes nesse habitat e a saúde de quem utiliza essa água. Em suma, acarreta danos à biodiversidade aquática e, consequentemente, ao ser humano que de alguma forma desfruta desse bem natural.
Percebe-se que, além do despejo de efluentes no rio, há ainda outros fatores que concorrem para a degradação das águas, como o atracamento de embarcações no local, onde muitas vezes usam o ambiente para fazer limpeza. Por conseguinte, a falta de consciência ambiental da população, que joga deliberadamente lixo à beira do rio, e até mesmo a omissão dos poderes públicos, haja vista a presença de entulho na praia dos Namorados. Hoje, preservar essa praia tornou-se um desafio, pois essa degradação acaba prejudicando todo o ecossistema que depende do meio ambiente para sobreviver.
É sabido que os rios, quando recebem resíduos de esgotos, sofrem adulteração na qualidade de suas águas. Entretanto, esta tem capacidade natural de autodepuração. Isso significa que essas águas, através desse mecanismo, voltam a seu estado de equilíbrio. Contudo, vale ressaltar que este processo pode se tornar impotente, em vista do grande volume de efluentes que são diariamente despejados no rio e a presença de lixo no local.
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“Preservar essa praia tornou-se um desafio, pois essa degradação acaba prejudicando todo o ecossistema que depende do meio ambiente para sobreviver. É sabido que os rios, quando recebem resíduos de esgotos, sofrem adulteração na qualidade de suas águas.”
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Embora os esgotos sejam escoados no Rio Tapajós, percebem-se ainda banhistas no local e muitas vezes pessoas utilizando essa água para preparo de comida, lavagem de frutas e legumes etc. Estes são hábitos de trabalhadores de pequenas embarcações que ficam no local. Mal sabem eles o risco que estão correndo.
As causas mais comuns da poluição e contaminação da água são os efluentes de esgotos despejados sem nenhum tipo de tratamento. As doenças mais freqüentes, por veiculação hídrica, são relacionadas a microorganismos que provocam infecções gastrointestinais, alergias, diarréias, hepatite, entre outras. Sem tratamento de esgotos, segundo David Marinho, Santarém fica penalizada, pois para o turista estrangeiro paira sempre uma ameaça de contrair contaminação por esgotos não tratados. Eles temem a debilitação de seus órgaos por não terem defesa orgânica para reagir a possíveis complicações de saúde, longe de centros médicos especializados. Dessa maneira, verifica-se que esta realidade acaba refletindo na questão econômica do município. A situação é muito mais séria do que se pensa.
Diante dessa problemática, vê-se que Santarém não dispõe de saneamento ambiental, o que é imprescindível para uma cidade desse porte. Se não tivermos políticas e iniciativas públicas para acabar com os esgotos despejados no rio e o lixo na praia, o impacto pode vir a ser irreversível, trazendo resultados como o acúmulo de doenças, queda da taxa de reprodução e extinção de muitas espécies de peixes existentes.
A nossa cidade precisa não apenas revitalizar a sua orla, mas acabar com os esgotos despejados no rio. Precisamos de uma cidade bonita, mas que esteja comprometida com as questões ambientais. Não podemos ficar omissos diante da degradação da biodiversidade aquática. Reverter essa realidade que nossas águas enfrentam é um desafio de todos nós. Só assim vamos garantir o futuro não só para espécies animais, mas também para a própria sobrevivência do ser humano.
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Vivemos em uma cidade privilegiada pelas suas belezas naturais, onde a biodiversidade está presente em suas águas, na fauna e na flora. Falar de Santarém sem falar de suas praias e belezas naturais é algo difícil de se conceber. Afinal, ela é rodeada por essas maravilhas e não haveria como não reparar e comentar. A praia dos Namorados, situada em frente ao Museu João Fona, é um ótimo exemplo de praia a ser apreciada pelas suas belezas naturais. Porém, outros detalhes precisam ser levados em consideração e tratados com mais seriedade, como, por exemplo, o despejo de efluentes de esgotos a céu aberto diretamente nas praias e nos rios, bem como o acúmulo de lixo e outras sujeiras no local.
Esse despejo de efluentes no rio Tapajós configura um dos maiores problemas ambientais da nossa cidade, pois compromete a harmonia paisagística, as espécies existentes nesse habitat e a saúde de quem utiliza essa água. Em suma, acarreta danos à biodiversidade aquática e, consequentemente, ao ser humano que de alguma forma desfruta desse bem natural.
Percebe-se que, além do despejo de efluentes no rio, há ainda outros fatores que concorrem para a degradação das águas, como o atracamento de embarcações no local, onde muitas vezes usam o ambiente para fazer limpeza. Por conseguinte, a falta de consciência ambiental da população, que joga deliberadamente lixo à beira do rio, e até mesmo a omissão dos poderes públicos, haja vista a presença de entulho na praia dos Namorados. Hoje, preservar essa praia tornou-se um desafio, pois essa degradação acaba prejudicando todo o ecossistema que depende do meio ambiente para sobreviver.
É sabido que os rios, quando recebem resíduos de esgotos, sofrem adulteração na qualidade de suas águas. Entretanto, esta tem capacidade natural de autodepuração. Isso significa que essas águas, através desse mecanismo, voltam a seu estado de equilíbrio. Contudo, vale ressaltar que este processo pode se tornar impotente, em vista do grande volume de efluentes que são diariamente despejados no rio e a presença de lixo no local.
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“Preservar essa praia tornou-se um desafio, pois essa degradação acaba prejudicando todo o ecossistema que depende do meio ambiente para sobreviver. É sabido que os rios, quando recebem resíduos de esgotos, sofrem adulteração na qualidade de suas águas.”
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Embora os esgotos sejam escoados no Rio Tapajós, percebem-se ainda banhistas no local e muitas vezes pessoas utilizando essa água para preparo de comida, lavagem de frutas e legumes etc. Estes são hábitos de trabalhadores de pequenas embarcações que ficam no local. Mal sabem eles o risco que estão correndo.
As causas mais comuns da poluição e contaminação da água são os efluentes de esgotos despejados sem nenhum tipo de tratamento. As doenças mais freqüentes, por veiculação hídrica, são relacionadas a microorganismos que provocam infecções gastrointestinais, alergias, diarréias, hepatite, entre outras. Sem tratamento de esgotos, segundo David Marinho, Santarém fica penalizada, pois para o turista estrangeiro paira sempre uma ameaça de contrair contaminação por esgotos não tratados. Eles temem a debilitação de seus órgaos por não terem defesa orgânica para reagir a possíveis complicações de saúde, longe de centros médicos especializados. Dessa maneira, verifica-se que esta realidade acaba refletindo na questão econômica do município. A situação é muito mais séria do que se pensa.
Diante dessa problemática, vê-se que Santarém não dispõe de saneamento ambiental, o que é imprescindível para uma cidade desse porte. Se não tivermos políticas e iniciativas públicas para acabar com os esgotos despejados no rio e o lixo na praia, o impacto pode vir a ser irreversível, trazendo resultados como o acúmulo de doenças, queda da taxa de reprodução e extinção de muitas espécies de peixes existentes.
A nossa cidade precisa não apenas revitalizar a sua orla, mas acabar com os esgotos despejados no rio. Precisamos de uma cidade bonita, mas que esteja comprometida com as questões ambientais. Não podemos ficar omissos diante da degradação da biodiversidade aquática. Reverter essa realidade que nossas águas enfrentam é um desafio de todos nós. Só assim vamos garantir o futuro não só para espécies animais, mas também para a própria sobrevivência do ser humano.
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