No AMAZÔNIA:
Vítima de assalto num ônibus da Viação Forte que fazia a linha Jaderlândia/Ver-o-peso, a aposentada Maria Sales Pereira Carvalho, de 64 anos, resolveu pular do coletivo em movimento para livrar-se dos assaltantes. Maria acabou morrendo na queda, enquanto os assaltantes fugiam, passando, literalmente, por cima de seu cadáver.
O ônibus, de placas JTW 1896, foi invadido por quatro assaltantes por volta das 6 horas. Na avenida Pedro Álvares Cabral, no Telégrafo, os quatro homens armados anunciaram o assalto e passaram a se apropriar dos pertences de todos os passageiros e do que havia na caixa do cobrador. Segundo o sargento PM Campos, o valor que estava com o cobrador não foi informado. 'Mas com certeza havia pouco dinheiro porque era a primeira viagem desse carro e não havia muitos passageiros. Era muito cedo', comentou o PM.
Para se esquivar dos assaltantes, Maria, que viajava num dos primeiros bancos do coletivo, destinado a passageiros com direito a gratuidade, aproveitou-se de que o ônibus estava com a porta aberta e, numa atitude impensada, jogou-se quando o veículo estava a poucos metros da esquina da Pedro Álvares com a travessa Djalma Dutra, ainda no Telégrafo. O motorista, cuja identidade não foi informada pela polícia, contou que ainda tentou frear, mas não teve tempo de impedir que a passageira se jogasse.
Vendo que uma mulher havia caído do coletivo, os quatro assaltantes saíram correndo. Para fugir do local, eles tiveram o apoio de um Palio cinza cujas placas não foram anotadas.
Poucos minutos depois do fato, um filho de Maria Sales chegou ao local. Muito consternado, o rapaz não quis informar seu nome. Disse apenas que a mãe, apesar de aposentada, ainda trabalhava numa fábrica de castanhas para complementar a renda da família. Era para o seu local de trabalho que Maria estava indo, ontem de manhã, quando seu ônibus foi assaltado. Maria morava na travessa Alferes Costa, número 342.
Ainda não se sabe exatamente onde os suspeitos subiram. Para saber isso e para obter as características físicas dos assaltantes, a polícia pretende solicitar à empresa de transportes as imagens do sistema interno de gravação instalado no coletivo. O caso está sendo investigado na Seccional da Sacramenta, cuja área de atuação envolve também o bairro do Telégrafo.
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