quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Uma turista na Pousada dos Guarás


No "Repórter 70", de O LIBERAL hoje:

POUSADA
Roubo

Bióloga que veio de São Paulo para lançar livro em Belém e aproveitou para fazer registros fotográficos no Marajó para um novo livro descobriu como visitante é tratado no Pará nas pousadas que vivem reclamando do governo por mais estímulos para atrair turistas: teve a máquina fotográfica roubada do apartamento. Inconsolável, ela não quer nem mais saber da máquina, mas apenas do chip com mil fotos do seu trabalho. Aliás, também não quer saber de pousada em Salvaterra.


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Do Espaço Aberto:
A pousada a que se refere a nota é a Pousada dos Guarás (na foto) em Salvaterra, abrigo de dez entre dez turistas que visitam o município e as redondezas.
Há não muito tempo, amigo aqui do blog esteve por lá.
No primeiro café-da-manhã, deparou com vários tucanos, as aves - não confundam, por favor - circulando livremente na área do restaurante.
Até aí, nada demais.
Até que o hóspede serviu-se de café-com-leite, deixou a xícara na mesa e levantou-se de novo, para apanhar um suco.
Foi aí que viu um dos tucanos - estático e extático - tomando aqueles pinguinhos que saíam do recipiente onde estava o suco.
O ex-hóspede, que não chega a ser um ecochato, mas tem respeito pela natureza, achou, mesmo assim, que aquilo demais. E era.
Era uma porcaria, uma imundície, uma nojeira. Para o tucano, não era. Para ele, o hóspede, era.
O ex-hóspede amigo do blog é desses que achou, por exemplo, uma visão onírica, uma visão mitológica – licença aí, Fernanda Young - ver peixe-boi do Museu Goeldi alimentar-se com mamadeira. Enterneceu-se com aquilo. Tirou até foto. Guardou-a. A foto continua guardada. Mas ele confessa que jamais teria coragem de mamar na mesma mamadeira que o peixe-boi do Museu Goeldi mamou. Teria nojo de fazê-lo. Nojo, simplesmente nojo. E ponto.
Tucanos, as aves - não confundir, por favor –, metem o bico, literalmente, em paragens que não recomendam à assepsia de quem não é tucano.
Enfim, os tucanos ficaram ali, regalando-se com o suco que escorria. Regalavam-se no duro. Chegavam a revirar os olhos, tanto era o prazer – conta o hóspede.
Sempre amante dos tucanos – as aves, creiam –mas com nojo do que via, o hóspede desistiu de tomar o suco que o tucano bebia antes dele.
E o recipiente do suco, foi trocado?
Não.
Não foi.
Ficou lá.
Para a delícia dos tucanos, para nojo dos hóspedes.
Esta é a Pousada dos Guarajás, “um pedaço do paraíso para você e sua família”.
Vá lá.
Não esqueça de deixar em casa o chip de máquina – pelo menos o chip – e esteja certo de que vai disputar sucos com tucanos.
Putz!

15 comentários:

Anônimo disse...

Caro Poster,

Não sou dono da pousada nem conheço os proprietários, mas acho exagerada a sua abordagem, exageradíssima.

Estive em Salvaterra para um evento na semana passada e parte dele foi realizada nesta pousada e achei o local agradável e com funcionários com a mesma preparação que se encontraria em Belém.

O fato do roubo é passível de investigação pela Polícia e não especulação. Isso é um desserviço ao sofrido setor do turismo do Marajó que já sofre de longa data pela falta de um transporte decente entre outros problemas. Infelizmente, isto ocorre em hotéis pelo mundo todo, talvez o REPÓRTER 70 esteja fazendo uso de pressão para que a Pousada anuncie no seu jornal, mas aí já são novas especulações, desta vez de minha lavra.

Quanto ao fato do tucano, me desculpe, mas está faltando sensibilidade para vc e senso de humor para seu amigo. O Marajó oferece exatamente isso, contato com a natureza e rusticidade, e faz isso muito bem. Búfalos pelas ruas, aves voando, povo agradável entre outros atrativos. Na Disney tudo é falso [inclusive os animais] mas tudo supostamente limpinho. Talvez falte definir melhor o roteiro de viagem.

Gostaria que meu comentário fosse publicado mas não acredito que vc o fará, mas pelo menos lerá. Espero conseguir fazer vc pensar a respeito.

Abs,

J. BEÁ

Franssinete Florenzano disse...

Paulo, como é bom ler um texto tão saboroso e bem escrito! Conheço a Pousada dos Guarás há muitos anos. É um lugar paradisíaco. Felizmente não fui vítima nem testemunha dessa, digamos, promiscuidade emplumada. Mas certamente esse descuido com a higiene é, sim, uma tônica, não só lá, mas em muitos outros lugares turísticos do nosso lindo Pará. Quer um exemplo? Aqueles queijos de coalho. Se alguém vir o manuseio e o armazenamento dessa iguaria, regurgita como o nosso querido coleguinha. Beijos!

Poster disse...

Com esses manuseios e essa falta de hiiene, talvez até os tucanos regurgitem, não é, Franssi?
Abs.

Poster disse...

Cara (ou cara) J. Beá,

1. Quanto às suas especulações, você errou de endereço. Deveria destiná-las ao destino certo. Lá, no destino certo, tem telefone, endereço, fax e tudo o mais. Reclame lá, suspeite lá, se resolva por lá. Fazê-lo aqui é perda da tempo.
2. Eu, exagerado? Narrei um fato. O da imundície que pessoa conhecida minha enfrentou. Uma imundície, uma nojeira. Eu, exagerado? Reproduzi uma nota que é verdadeira, independentemente das especulações que você faça.
3. Ah, sim. Furto, roubo, acontece em qualquer hotel do mundo. Acontece msmo. E aí? Porque acontece em qualquer hotel do mundo, pode acontecer às pampas na sua Pousada dos Guarás. [O "sua" aí é no mesmo sentido que você usa o "seu" jornal para me qualificar, viu, Beá?]
4. Ah, sim. Então, para promover o turismo no Estado, temos que nos calar, temos que nos esconder, temos que dizer segredinhos quando furtam nossas coisas ou quando tucanos metem a boca praticamente dentro dos nossos sucos, hein, Beá? Temos que promover o turismo ainda quando acontece isso na sua Pousada dos Guarás, é, Beá?
5. Você diz que o poster não tem sensibilidade e o amigo do poster não tem senso de humor. Mas só porque citamos fatos, Beá? Engraçado, nós citamos fatos e somos exagerados ou não temos senso de humor. E você, que faz especulações, talvez não se ache exagerado. Você briga com fatos, e nós é que somos exagerados, você não. Pensando bem, J. Beá, e atendendo ao seu convite para pensarmos, nós já pensamos: realmente, nós somos exagerados e não temos sensibilidade. Você é que não é exagerado e você é que tem sensibilidade. Que bom! Pensamos bem e aprendemos com você. Viu só? Tudo é possível. Volte sempre para nos ensinar.
Forte abraço.

Anônimo disse...

Caro Pôster,

Permita-me usar de seu texto para facilitar meus esclarecimentos e corrigir alguns mal-entendidos.

“1. Quanto às suas especulações, você errou de endereço....” A 1ª parte de minha msg tratava da nota do REPORTER 70 e não se dirigia ao blog. Qdo eu disse “...talvez o REPÓRTER 70 esteja fazendo uso de pressão para que a Pousada anuncie no seu jornal...”, era no jornal deles e não no seu [isso lembra-me uma piada que vc deve conhecer], nem sei se vc tem um jornal ou defende/prefere algum;

“3. Ah, sim. Furto, roubo, acontece em qualquer hotel do mundo. Acontece msmo. E aí?” Furtos não devem ser acobertados, não há motivos para que não existam denúncias. Mas vc deve saber do poder dos veículos de mídia e tb da boa audiência de seu blog. Por isso recomendei a Polícia. Ao anunciar da maneira que o REPORTER 70 fez, e vc referendou, potencializa o efeito da má notícia. Faça uma enquete e veja os efeitos. Certamente dará a entender que nesta pousada [ou em Salvaterra] acontece com mais freqüência.

“5. Você diz que o poster não tem sensibilidade e o amigo do poster não tem senso de humor. Mas só porque citamos fatos, Beá?” Não foi por citar fatos mas pela forma que vc reagiu a eles. Será que a Pousada deveria colocar funcionários para espantar animais que se aproximem? Tenho certeza que muitos turistas procuram a Amazônia para isso. Seu amigo poderia trocar o copo por outro, não acredito que seria criticado por isso. Tenho certeza que se uma mosca se afogasse no copo certamente geraria um mal estar ainda maior, mas não haveria a publicação de nada no blog.

Mas foi apenas a minha opinião, o espaço dos comentários foi feito tb para discordar. Em nenhum momento pensei em agredir, se pareceu peço-lhe desculpas.

Abs,

Júlio Beá

Anônimo disse...

Qdo escrevi que não sou dono da pousada e nem conheço os donos foi com a itenção de mostrar que não tenho interesses em defende-la. Nem precisava que vc fizesse uma pergunta para que eu respondesse, se sim ou se não. Isso aqui é um blog e não um interrogatório onde o poster pergunta e os comentaristas respondem.

Mas deixe essa conversa pra lá, quis só mostrar minha opinião.

Vc precisa ler com mais calma os comentários, não há a necessidade de se alterar tanto.

Boa sorte.

J. BEÁ

Anônimo disse...

Mal humorado!
Insensível!
Alterado!!!

Poster disse...

Hahahahahahahahahaha.
Abs.

Poster disse...

Caro Beá,
Três coisinhas.
1 - Eu não me senti agredido, não. Isto aqui é a casa da discordância.
2 - Porque aqui é a casa da discordância, eu estou e estive muito longe de ficar alterado ou coisa que o valha. Não fique - creia-me.
3 - Veja este trecho da sua postagem: "Seu amigo poderia trocar o copo por outro, não acredito que seria criticado por isso." Veja só. O que nos distancia é muito pouco. Nossa discordância é questão de "um copo por outro". É isso.
Volte sempre. E discorde sempre. É isso que tempera a vida.
Grande abraço.

Franssinete Florenzano disse...

Rá-rá-rá! Só não deixe virar a casa-da-mãe-joana! Beijos!

Anônimo disse...

Francamente meus amigos,

Estou com um sentimento de revolta com o posicionamento nefasto e destonando da realizadade feito por quem produz noticias e delas valem-se para, sob a éxide da informação depreciar, maltratar, humilhar e destruir.
Sou salvaterrense com muito orgulho e feriu-me bastante os ataques desferidos a minha cidade pelo vexatorio posicionamento exposto aqui. Critiquem os Plazas da vida, os Hiltons da vida. Mas no Marajó, norte do pais, nada presta, nada vale. Situações pontuais são o suficiente para generalizar todo o cenário de uma cidade e seu povo, que muito bravamente luta para sobreviver com sua cultura, tradições e acervo natural, aqui atacados por mesquinhos que se dizem dententores da verdade absoluta com seus textos bem produzidos e ridiculos na forma como referem-se aos outros, diminuindo e sobrepujando tudo o demais que de positivo possamos ter. Ora não me venham com este discursozinho de perfeição. Olhem-se de fora e vejam se são perfeitos.

Como salvaterresne que sou saio em defesa da minha cidade e conclamo todos os salvaterrenses e marajoaras a fazermos uma grande campanha de combate aos que, de alguma forma tentam depreciar, denegrir e maltratar nosso quinhão de mundo. Se não querem nos visitar, que não venham, vão para a Disney. Mas se resolverem vir até nos que estejam com o coração aberto para entender o nosso povo e, fazendo um turismo verdadeiro, apreciem o que de bom temos para lhes oferecer.

Desculpem pelo desabafo. Mas me revolta esta injustiça com a nossa região que só vai para manchetes quando é pra falar mal !

Se quiserem conhecer melhor Salvaterra acessem www.salvaterra.tur.br
e para Soure acessem www.soure.tur.br

Anônimo disse...

Meus caros. Vejo que o debate está muito bom e não perderia a oportunidade de fazer meus comentários! Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que sou paraense e bairrista. Já estive no Marajó e adorei! As praias, a cidade de salvaterra simples, pacata, acolhedora, simplesmente encantadora.
Entretanto, é bom que se comente: a infra-estrutura é péssima! Para chegarmos lá enfrentamos barco e ônibus. Importante aqui relatar que o barco, digamos, não inspirava muita confiança. Minha esposa, preocupada com nossa segurança, bateu o olho no barco e disse, não vamos nisto aí, vamos? Tentei acalmá-la dizendo, claro que vamos! Este é um barco típico nosso! Não parece mais é seguro. Obviamente que ela não se convenceu e ao entramos no barco conferiu se existiam coletes salva-vidas suficientes para todos no barco. Resultado: Não haviam, segundo avaliação de minha esposa, que tratou de garantir o seu.
Bem, superado o barco, restava apenas o ônibus, uma versão um pouco mais empoeirada de um sacramenta-nazaré só que com paisagem diferente na janela. Como bom sacramenta, estava lotado e obviamente que fomos em pé. Á esta altura, a face de minha amada consorte, já não escondia seu ódio no coração, como diria o poster.
Vejam bem, não estou reclamando! Não estou difamando! Realmente acho que quem vai para lugares pitorescos e rústicos deve ir com o coração aberto e pronto para enfrentar as vicissitudes da vida rural.
A pergunta que me faço é: Devemos festejar esta situação ou melhorá-la? Devemos achar que esta é a nossa cara, a nossa cultura, o nosso modus operantis? Se assim acharmos, então devemos festejá-la! Devemos divulgá-la! Se não acharmos, devemos gritar e buscar melhorias. Em nenhuma situação, consigo enxergar que não falar, não relatar, esconder, seria benéfico.
Aceitar transportes precários, aves desfrutando desjejuns com os hóspedes e máquinas roubadas, é aceitar que nós, paraenses, não somos capazes de receber quem quer que seja com o conforto e a deferência que todo o hóspede merece.

Luis disse...

Meu sonho era conhecer a Ilha de Marajó!
Para isso, pesquisei sobre várias pousadas e hotéis a fim de ter dias agradáveis
e inesquecíveis, já que iria com meus pais, que já são idosos!
Depois de muito pesquisar e ouvir comentários, resolvi optar pela Pousada dos Guarás em Salvaterra,
apesar de achar o valor do pacote 2 dias 1 noite um tanto quanto caro por pessoa (R$ 280,00 sem alimentação)
Estavamos na maior expectativa, afinal a pousada parecia ser a dos sonhos!
Fizemos a compra do pacote diretamente com a pousada, que até então parecia ser confiável e séria!
Em Belém, a pousada nos buscou no hotel que estavamos (por sinal o Hotel Goldmar, muito bom) e nos levou para a Estação das Docas,
e embarcamos numa lancha fechada (muito bem confortável, enorme, com ar condicionado, banheiros, lanchonete,tv, enfim com total segurança).
Ao chegarmos na Pousada dos Guarás comecaria a decepção! Aliás, de Guarás só tinha o nome, porque não havia nenhum guará na pousada!
Não haveria o show de carimbó, conforme anunciado e contratado no pacote, isso porque era sábado!!!
Bom, tudo bem, iriamos tentar curtir as outras coisas!
Ao almoçar, mais uma decepção; as moscas disputavam a comida com a gente!
O city tour oferecido pela pousada foi mais uma decepção: levaram a gente num curtume e numa cerâmica pra fazer compras (com certeza eles ganham comissão desses lugares), ficamos mais de meia hora em cada lugar.
Depois levaram a gente na Praia do Pesqueiro: uma linda praia em Soure (a cidade mais desenvolvida e bonita do Marajó, ao contrário de Salvaterra, onde ficava a pousada dos Guarás).
Porém, o guia não permitiu nem que entrassemos na água, pois só teriamos 10 minutos naquela praia!
Não pudemos nem desfrutar da beleza do lugar!
Depois levaram a gente numa fazenda de búfalos: onde o café servido era fraco mesmo: só café, um suco e um bolinho de tapioca mais seco que a vida!
Bom, pelo menos "andei" de búfalo!
Durante a madrugada, na Pousada, faltou luz por 2 vezes, tivemos que tomar banho e arrumar as malas no escuro!
Onde já se viu uma pousada deste renome não possuir um gerador elétrico ?
Bom, chegada a hora da partida, a van veio nos buscar e nos levou para Porto Camaratã, onde pegariamos novamente a lancha com destino à Belém.
Mas a surpesa: a lancha estava lá parada, mas ao tentar embarcar na mesma, o guia não permitiu e nos embarcou num "NAVIO GAIOLA", aliás de navio aquilo não tinha nada, parecia mais um barco negreiro,
tinha tanta gente que fomos obrigados a viajarmos em pé. Era totalmente aberta, sem segurança e balançava tanto, que começou a entrar muita água e literalmente levamos um banho!
Minha mãe, já de idade, que tem fobia de água, começou a passar mal, muita gente vomitou!
AGora me pergunto: como pode uma pousada que tem tanta fanma, submeter os passageiros a irem num barco sem total segurança, em pé, passando medo, calor.
Resultado: minha mãe passou tanto medo e mal que nunca mais quer saber de andar de barco, muito menos ouvir falar de Marajó.
Chegando em Belém: cadê a Van que iria nos pegar para levar para o Hotel ?
Ficamos mais uma vez na mão! Precisei ligar pra pousada pra tomar uma atitude!
Entrei em contato com a pousada pra comentar o ocorrido e nossa decepção com a mesma: porém, fomos mais uma vez humilhados!
A pousada é tão "séria" que falou que eu não era "ecológico" e que a pousada era suprema em opiniões e por isso, seus serviços eram ótimos!
Agora pergunto: pagamos tão caro, passamos medo, viajamos em pé: somos turistas ou animais?
Ao chegar em Belém, em contato com outras pessoas, fiquei sabendo que não era a primeira pessoa a reclamar da Pousada dos Guarás
e que deveria ter ficado hospedado em Soure, cidade com melhores pousadas e melhor estrutura!
Bom, fica aqui a dica para os desavisados: tomem cuidado com esta Pousada, para não cairem na mesma fria que caímos!

Luis disse...

Meu sonho era conhecer a Ilha de Marajó!
Para isso, pesquisei sobre várias pousadas e hotéis a fim de ter dias agradáveis
e inesquecíveis, já que iria com meus pais, que já são idosos!
Depois de muito pesquisar e ouvir comentários, resolvi optar pela Pousada dos Guarás em Salvaterra,
apesar de achar o valor do pacote 2 dias 1 noite um tanto quanto caro por pessoa (R$ 280,00 sem alimentação)
Estavamos na maior expectativa, afinal a pousada parecia ser a dos sonhos!
Fizemos a compra do pacote diretamente com a pousada, que até então parecia ser confiável e séria!
Em Belém, a pousada nos buscou no hotel que estavamos (por sinal o Hotel Goldmar, muito bom) e nos levou para a Estação das Docas,
e embarcamos numa lancha fechada (muito bem confortável, enorme, com ar condicionado, banheiros, lanchonete,tv, enfim com total segurança).
Ao chegarmos na Pousada dos Guarás comecaria a decepção! Aliás, de Guarás só tinha o nome, porque não havia nenhum guará na pousada!
Não haveria o show de carimbó, conforme anunciado e contratado no pacote, isso porque era sábado!!!
Bom, tudo bem, iriamos tentar curtir as outras coisas!
Ao almoçar, mais uma decepção; as moscas disputavam a comida com a gente!
O city tour oferecido pela pousada foi mais uma decepção: levaram a gente num curtume e numa cerâmica pra fazer compras (com certeza eles ganham comissão desses lugares), ficamos mais de meia hora em cada lugar.
Depois levaram a gente na Praia do Pesqueiro: uma linda praia em Soure (a cidade mais desenvolvida e bonita do Marajó, ao contrário de Salvaterra, onde ficava a pousada dos Guarás).
Porém, o guia não permitiu nem que entrassemos na água, pois só teriamos 10 minutos naquela praia!
Não pudemos nem desfrutar da beleza do lugar!
Depois levaram a gente numa fazenda de búfalos: onde o café servido era fraco mesmo: só café, um suco e um bolinho de tapioca mais seco que a vida!
Bom, pelo menos "andei" de búfalo!
Durante a madrugada, na Pousada, faltou luz por 2 vezes, tivemos que tomar banho e arrumar as malas no escuro!
Onde já se viu uma pousada deste renome não possuir um gerador elétrico ?
Bom, chegada a hora da partida, a van veio nos buscar e nos levou para Porto Camaratã, onde pegariamos novamente a lancha com destino à Belém.
Mas a surpesa: a lancha estava lá parada, mas ao tentar embarcar na mesma, o guia não permitiu e nos embarcou num "NAVIO GAIOLA", aliás de navio aquilo não tinha nada, parecia mais um barco negreiro,
tinha tanta gente que fomos obrigados a viajarmos em pé. Era totalmente aberta, sem segurança e balançava tanto, que começou a entrar muita água e literalmente levamos um banho!
Minha mãe, já de idade, que tem fobia de água, começou a passar mal, muita gente vomitou!
AGora me pergunto: como pode uma pousada que tem tanta fanma, submeter os passageiros a irem num barco sem total segurança, em pé, passando medo, calor.
Resultado: minha mãe passou tanto medo e mal que nunca mais quer saber de andar de barco, muito menos ouvir falar de Marajó.
Chegando em Belém: cadê a Van que iria nos pegar para levar para o Hotel ?
Ficamos mais uma vez na mão! Precisei ligar pra pousada pra tomar uma atitude!
Entrei em contato com a pousada pra comentar o ocorrido e nossa decepção com a mesma: porém, fomos mais uma vez humilhados!
A pousada é tão "séria" que falou que eu não era "ecológico" e que a pousada era suprema em opiniões e por isso, seus serviços eram ótimos!
Agora pergunto: pagamos tão caro, passamos medo, viajamos em pé: somos turistas ou animais?
Ao chegar em Belém, em contato com outras pessoas, fiquei sabendo que não era a primeira pessoa a reclamar da Pousada dos Guarás
e que deveria ter ficado hospedado em Soure, cidade com melhores pousadas e melhor estrutura!
Bom, fica aqui a dica para os desavisados: tomem cuidado com esta Pousada, para não cairem na mesma fria que caímos!

Anônimo disse...

ESTA POUSADA É PÉSSIMA. SOMENTE TEM VISUAL. GARANTO É HORRÍVEL O SERVIÇO, VOCÊ SENTE QUE ESTÃO LHE FAZENDO UM FAVOR CADA VEZ QUE VOCÊ RECLAMA DA DESCARGA DO BANHEIRO QUE NÃO FUNCIONA, DO CHUVEIRO QUE VAZA ÁGUA E ESTÁ DANDO CHOQUE, DO MORCEGO QUE ESTÁ NO SEU QUARTO....E, PIOR, QUANDO VOCÊ INFORMA QUE VAI SAIR, DIZEM QUE NÃO PODEM DEVOLVER A DIÁRIA (QUE VOCÊ JÁ PAGOU ANTECIPADAMENTE)....