terça-feira, 4 de novembro de 2008

Tucuruí se tornará a maior

No AMAZÔNIA:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega hoje pela manhã a Tucuruí, no sudeste do Pará, com a missão de inaugurar oficialmente a segunda casa de força da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, implantada no rio Tocantins há 24 anos. A segunda casa de força é a última unidade geradora de energia da Usina, e tem potência instalada de 4,1 mil megawatts. Junto com a primeira casa de força, que foi concluída na totalidade há 16 anos, a capacidade de Tucuruí alcança a potência instalada de 8,3 mil megawatts, o que significa levar energia para 40 milhões de brasileiros, dentro do Sistema Interligado Nacional. Junto com a governadora Ana Júlia Carepa, o presidente Lula terá ainda outros dois compromissos em Tucuruí: visitar as obras das eclusas do rio Tocantins, retomadas com os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e inaugurar a energia de 9 mil famílias do entorno da hidrelétrica, de um total de 13 mil famílias incluídas este ano no programa Luz Para Todos, uma das reivindicações dos movimentos sociais que atuam no entorno das barragens e que hoje se preparam para se manifestar durante a visita presidencial.
Os detalhes do funcionamento da segunda usina de força e das futuras operações das eclusas de Tucuruí foram apresentados na tarde de ontem em entrevista coletiva com os diretores da Eletornorte, no Centro de Treinamento da empresa. Segundo Whady Charone Junior, diretor de produção comercial da Eletronorte, com o funcionamento das duas casas de força, a usina se torna a maior hidrelétrica totalmente brasileira, respondendo por 10% da potência instalada no País. Da produção de Tucuruí, 25% fica no Pará. Os 75% da produção excedente atendem as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Adhemar Palocci, diretor de planejamento e engenharia da empresa, afirmou que as obras da segunda casa de força foram feitas dentro de um segundo cronograma elaborado para a conclusão depois de uma paralisação de seis anos, de 1992 a 1998, quando as obras foram retomadas. Em 2003 a usina começou aos poucos a entrar em operação comercial, mas só com a totalização das obras é que a inauguração oficial foi programada.
Em relação às obras das eclusas, José Biagioni, gerente de obras do projeto, informou que o cronograma das obras está em dia e a previsão é de que as eclusas entrem em operação em 2010, depois de muitas paralisações nas obras. A primeira durou quase uma década, de 1989 a 1998. Depois de retomadas, outra paralisação ocorreu, e somente em 2004 as obras recomeçaram, mas sofreram nova paralisação até o ano passado, com o anúncio da destinação dos recursos pelo PAC do governo federal.

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