sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Triplo homicídio na Cabanagem sem lei

No AMAZÔNIA:

Três rapazes foram executados, no início da manhã de ontem, por dois homens que chegaram de moto ao quarto de madeira onde eles dormiam, na rua São Paulo, ocupação João Amazonas, na Cabanagem. Moradores da comunidade comentaram que as vítimas eram 'pessoas envolvidas em coisas erradas'. A polícia trabalha com a hipótese de acerto de contas, mas ainda não tem informações sobre a ficha criminal dos três assassinados.
Wagner Freitas da Silva, de 26 anos, Emerson Damasceno Deniche, conhecido como 'Cheira', de 19, e Marivaldo Oliveira Carvalho, 21 anos, conhecido como 'Magrão', dormiam num barraco de madeira onde, segundo os moradores da área, eles costumavam passar a noite, de vez em quando. O barraco fica localizado na rua São Paulo, perto da rodovia Mário Covas e da rua dos Comerciários. Por volta das 5h30, dois homens chegaram ali numa motoclicleta. Ambos estavam sem capacetes e foram descritos por uma testemunha como sendo um alto e branco e o outro baixo e moreno. Eles arrombaram a porta e desferiram vários disparos contra os ocupantes do barraco.
Segundo informações, os assassinos executaram primeiramente Wagner e Marivaldo. Quando já estavam na rua, Emerson teria saído do quarto para ir atrás deles. Com isso, os dois desconhecidos retornaram para matá-lo com um tiro no queixo e outro na barriga. Emerson caiu morto sobre as estivas de madeira que separam o barraco da rua. Por isso, muitos moradores da área acreditam que os alvos do acerto de contas eram as duas primeiras vítimas e que Emerson foi morto apenas por ter testemunhado a ação.
Segundo vizinhos, Emerson era visto com mais freqüência no barraco. Mesmo assim, nem sempre dormia no local. A mãe dele, Telma Maria Damasceno, de 35 anos, disse que o filho estava desempregado. Telma, que mora na mesma comunidade, ainda chegou a ouvir os disparos. 'Eram muitos tiros. Não deu nem para conferir quantos. Mas eu jamais imaginei que era alguma coisa com o Emerson. Nós não tínhamos muito contato. Ele morava com meus pais, mas ultimamente vivia mais para cá, com esses amigos dele. Não conheço os outros que morreram e nem faço idéia sobre o motivo disso tudo', disse Telma, ainda confusa com a situação.
A mulher de Wagner também esteve no local. Ela chorou muito e não quis falar com a imprensa. Uma mulher que a acompanhava e que preferiu não ser identificada disse que Wagner vivia com a companheira no bairro do 40 horas. Ela disse que Wagner era amigo de Emerson, mas não soube explicar o porquê de ele ter passado a noite ali.
De acordo com informações de moradores, a mãe de Marivaldo, o 'Magrão', passou mal ao ver o filho morto e teve que ser retirada da cena do crime por familiares.
Após um levantamento completo no local do fato, peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves encontraram cinco cápsulas de munição deflagrada. Eles removeram os corpos para o Instituto Médico Legal (IML) para que sejam submetidos a exames necroscópicos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Placar da peleja:
"Justiceiros-bandidos" 3 x 0 Bandidos anônimos.
Sabe quantas vezes vão ser identificados os autores? zero também.
Os mortos passam a números estatísticos, e olhe lá.
Amanhã, sempre, tem mais.
Segue a guerra, o Iraque é aqui!