No AMAZÔNIA:
Uma crise emocional motivada por uma separação quase resultou em tragédia na avenida Independência, no bairro da Cabanagem, em Belém, ao final da manhã de ontem. Sofrendo por ter sido deixado pela mulher com quem vivia, o ajudante de pedreiro Elton Ferreira Formigosa, de 25 anos, escalou uma das torres do Linhão de Tucuruí, da Eletronorte, que passa pelo canteiro central da avenida, e ficou por três horas apoiado na estrutura metálica, ameaçando se jogar. Após longa negociação com o Corpo de Bombeiros, o homem foi trazido de volta ao chão e conduzido para o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HCGV), onde passou por avaliação psiquiátrica na tarde de ontem.
Segundo familiares, a instabilidade emocional do homem começou na semana passada, quando sua mulher, Elenice Miranda, com quem tem uma filha de um ano de idade, decidiu deixá-lo supostamente para morar com outra pessoa. Desde então, Elton vinha falando da hipótese de cometer suicídio por não ter mais 'razão para viver' – o que quase ocorreu na última quinta-feira, quando seu padrasto, o pedreiro Juscelino Ferreira Mendes, o flagrou tentando se enforcar com uma corda.
'A gente chegou até a cogitar a chance de ele ser internado em alguma clínica psiquiática, pois ele já tinha tentado se cortar com uma faca e se enforcar. A história da mulher dele ter ido embora de casa tem a ver com várias coisas, dentre elas o problema de ele não ter emprego fixo e, portanto, nunca ajudar na renda de casa', conta Juscelino, que junto com a mãe de Elton, Carmen Lúcia Formigosa, ainda cria um dos outros dois filhos que o rapaz teve antes de ir morar com Elenice.
Moradores dos arredores da avenida Independência contam que Elton começou a escalar a torre por volta de 10 horas, ao mesmo tempo em que Juscelino negociava uma vaga de emprego para o enteado numa obra próxima. Mesmo sob as vaias e chacotas, o rapaz chegou à metade da estrutura de metal, que tem cerca de 50m de altura, e ameaçou se jogar. Assustados, os moradores acionaram o 1º Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará, que chegou minutos depois em três guarnições com 14 oficiais.
Ao ver que negociadores começavam a escalar a torre, Elton ficou assustado e continuou subindo. Na rua, populares faziam brincadeiras com a suposta traição que Elenice teria praticado, chegando até a estender panos e blusas para que ele se jogasse. Algum tempo depois, agentes da 5ª Zona de Policiamento (Zpol) da Polícia Militar (PM) chegaram ao local, mas não isolaram completamente a pista. O trânsito ficou lento até que a negociação começasse a ter sucesso, por volta de 13 horas.
Um comentário:
tanta coisa mais importante, tanta gente querendo fugir da violência para proteger a própria vida e a vida dos seus e esse "retardado" ocupando a PM e os Bombeiros porque não aceitou o rompimento de seu relacionamento...Quem quer se matar, não avisa, ele deveria ser punido para não ficar ocupando a segurança pública com uma banalidade dessas. E depois a mãe dele ainda coloca a culpa nos Bombeiros, estamos bem arrumados!
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