No AMAZÔNIA:
Uma adolescente de 16 anos foi atingida no rosto, na noite do último domingo, 16, no bairro da Terra Firme. Ela conversava com vizinhos na porta da casa da família, na passagem Canaã, quando foi ferida. Um assaltante teria disparado contra uma pessoa que teria resistido em entregar a bicicleta. A bala atingiu a menina do outro lado da rua, entrando pelo maxilar e se alojando abaixo do ouvido esquerdo da adolescente. Ela foi internada em um hospital particular de Belém e fez uma cirurgia para a retirada do projétil na terça-feira. Ontem, ela teve alta do hospital e pôde voltar para casa.
Adrielly Layanne Pereira Martins, de 8 anos, morreu com um tiro na cabeça no dia 29 de julho. Ela saía de casa para comprar bombons, ao final da tarde. Foi atingida na rua 21 de Abril, na Cremação. O autor do disparo tentava matar um traficante rival. Depois de passar menos de um mês preso, 'Capiaço', que confessou ter atirado, foi liberado.
Makysanor de Sousa Gesta, de 55 anos, o candidato a vereador ‘Lourinho’, de Ananindeua, fazia corpo-a-corpo com eleitores da área da Pedreirinha, quando foi atingido no peito, por volta de 11 horas do dia 11 de setembro. Ele estava a menos de 300 metros da BR-316, cercado de moradores e cabos eleitorais. As investigações levaram à prisão de Ozimar Trindade Guedes, de 19 anos, autor do disparo, e de dois adolescentes envolvidos na troca de tiros que terminou com o baleamento do candidato.
Heliomar de Jesus de Souza, de 25 anos, participava de uma festa, no dia 20 de outubro, no bairro do Guamá quando foi baleado no rosto. Ele é guarda municipal, mas não estava em serviço. Foi levado ao pronto-socorro do Guamá, onde foi operado. O autor do disparo não foi identificado.
Raquel Vieira Figueiredo, 32 anos, foi atingida quando estava em uma festa em um conjunto habitacional no Tenoné no dia 25 de outubro. O projétil atravessou a perna esquerda da dona-de-casa e só encerrou a sua trajetória em um muro de concreto. A polícia acredita que a bala teve origem em troca de tiros entre traficantes de drogas do conjunto. Ninguém foi preso.
Um comentário:
Alguém ainda duvida de que vivemos tempos de barbárie, de selvageria sem limites?
Todo santo dia vemos recrudescer a violência em cenas tão repetitivas que acabamos por nos "acostumar".
E isso leva a algo extremamente perigoso: a capacidade de indignação vai desaparecendo e a população é levada a inércia, ao acomodamento, como se toda essa explosão diária de violência, sangue e mortes fosse algo natural!
E onde está o poder público, o governo, a segurança pública, a justiça?
Escondidos,ausentes,incompetentes, omissos, coniventes, ou tudo isso junto?
Quantas e quantas vezes ficamos sabendo que grande parte dessa bandidagem que é presa já tem extensa ficha criminal e, ainda assim, está continua livre, leve e solta em plena atividade no mundo do crime? Por que isso?
Mas, infelizmente, estamos nos "acostumando" a (sobre)viver no meio dessa selvageria sem limites. As vítimas são sepultadas e, saindo das manchetes policiais, passam ao esquecimento e tornam-se, quando muito, números nas estatísticas da "puliça".
Mortes por desacertos com drogas, saidinhas em porta de banco, assaltos em semáforo,balas perdidas, roubo de estudantes, sequestros relâmpagos e etc. passaram a fazer parte do cotidiano da "jungle" belenense.
Amanhã começa tudo de novo.
Será que um dia irá, ao menos, diminuir essa barbárie? Ou estamos condenados a nos "acostumar" com isso?
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