No AMAZÔNIA:
Cansados de serem vítimas de assaltos, moradores do conjunto Cidade Nova começam a construir muros para fechar passagens estreitas que ligam as WEs. Os locais são usados por assaltantes, que ficam escondidos, na espreita, à espera de vítimas. Na maioria das ruas do conjunto as passagens continuam 'ativas' e trazendo instabilidade e medo aos moradores, que contam com uma média de quatro assaltos por dia.
Na Seccional da Cidade Nova, o delegado Renato Wanghon destaca que o problema já foi detectado pela polícia, que fez um levantamento desses pontos. De acordo com ele, independentemente da largura da passagem, elas sempre são usadas para o cometimento de crimes, pois funcionam como um ótimo ponto de fuga.
Em quase todos os conjuntos do complexo Cidade Nova, os quarteirões são grandes, o que dificulta um pouco mais a ação dos assaltantes. Já nas vias onde existem as passagens no meio desses quarteirões, a possibilidade de 'cortar' várias ruas e empreender fuga é bem maior. 'À noite, essas passagens tornam-se bons esconderijos para esses assaltantes, que ficam esperando os moradores chegarem a suas casas e abrirem os portões para depois os atacarem. Em muitos casos, eles rendem todos que estão na casa, roubam o que querem e fogem com os veículos das vítimas', disse o delegado, acrescentando que a polícia não tem dados estatísticos sobre os assaltos praticados nessas áreas.
Humberto Santos, de 48 anos, mora no conjunto Cidade Nova 6 há cerca de oito anos e diz que contabiliza pelo menos três assaltos por dia, na passagem existente próximo à casa dele, na WE-77. 'Às vezes ocorrem assaltos durante o dia mesmo. À noite a gente conta em torno de três, diariamente. Evitamos até sair de casa depois das 20 horas', disse o morador.
'Há cerca de um mês, eu estava chegando em casa de bicicleta quando avistei um grupo de quatro assaltantes na passagem. Aí resolvi passar direto e dar um tempo para retornar só depois que eles já haviam ido embora', contou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário