Coleguinhas – sobretudo os da crônica esportiva – são fissurados em cardeais, como são rotulados os grandes beneméritos de Remo e Paysandu.
Agora, alguns coleguinhas vivem a gastar seu latim – ou seu português, como quiserem -, preocupadíssimos com a interferência dos tais cardeais na eleição do Remo, uma eleição sempre à vista, mas com o jeito de estar muito distante.
Coleguinhas gastam o latim em especulações sobre a interferência do cardinalato no lançamento de candidaturas e o suposto peso eleitoral dos cardeais na escolha do novo presidente do Remo.
Coleguinhas que gastam o latim nessas especulações deveriam mirar-se no exemplo do maior cardeal do País, Sua Excelência o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula é cardeal com uma das maiores – ou a maior – popularidade do País.
Pois Lula, o maior cardeal do País, não transferiu votos, não transferiu simpatia, não transferiu popularidade para aqueles a quem apoiou nessas últimas eleições. Inclusive e principalmente Marta Suplicy, em São Paulo.
O processo eleitoral no Remo, é claro, não passa de um microcosmo em relação ao processo eleitoral de uma cidade, de um Estado ou de país.
Mas é a mesma coisa. Proporcionalmente, é a mesma coisa.
Cardeais remistas – ou bicolores – têm importância porque coleguinhas lhes atribuem essa importância.
Cardeais remistas – ou bicolores – têm importância porque coleguinhas acham que eles têm.
Mas não têm.
Cardeais, grandes beneméritos - ou seja lá o que forem – podem ser cardeais e grandes beneméritos, mas não são donos do clube, não são detentores de luzes incontrastáveis para que todos se mirem neles para que se defina o que é melhor ou pior para o clube.
Cardeais e grandes beneméritos não são donos da opinião do baixo clero e do que não têm distinção alguma no Remo.
Enfim, cardeais e grandes beneméritos só têm importância para coleguinhas – alguns – que lhes atribuem a importância, a influência e o poder que, sinceramente, não têm.
Ou por outra: pode até ter importância, influência e poder, mas não nas dimensões e na extensão que coleguinhas – alguns – lhes atribuem.
Coleguinas - alguns - pensam que eleitores remistas são imbecis, que vão bater continência para os tais cardeais antes de fazerem suas escolhas, suas opções.
Pensam que os eleitores remistas chegarão na frente de um cardeal e dirão assim:
- A bênção, meu senhor. A sua bênção. Em quem eu voto, hein? Me diga, meu cardeal.
Coleguinhas - alguns - não sabem o que dizem.
Dizem, dizem, dizem; falam, falam e falam, mas não sabem o que dizem e nem o que falam.
Ne mesmo quando falam a cada programa em cadeais e grandes beneméritos.
Que chatice!
Com todo o respeito, é claro.
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