terça-feira, 4 de novembro de 2008

Advogados de defesa desistem do réu e criticam o Judiciário

No AMAZÔNIA:

Ontem, os advogados Marisa Cantal e Hermínio Farias de Melo anunciaram a renúncia à defesa de André Barboza. De acordo com Hermínio, a atuação da Justiça prejudicou o trabalho dos advogados o que acabou levando ao desgaste das relações com a família do acusado. A renúncia, segundo os advogados, ocorreu em comum acordo com os familiares de André, que agora deverão escolher novos advogados de defesa ou solicitar a indicação de um defensor público.
'À defesa, o acusado negou a prática dos assassinatos e admitiu apenas o crime de atentado violento ao pudor contra um dos meninos. Em seu depoimento às autoridades, André afirmou que haviam mais pessoas envolvidas, que se tratava de uma rede que se comunicava por meio de sites na internet. André citou várias pessoas assim como repassou endereços se sites na internet.
A defesa do acusado solicitou a investigação desses outros acusados assim como dos endereços citados, mas o juiz não deu crédito aos pedidos, que foram considerados meros instrumentos protelatórios. Como um acusado diz que há mais pessoas envolvidas e não se faz uma investigação sobre isso?', questiona Hermínio, acrescentando que a recusa dos pedidos acabou provocando críticas da família de André quanto à atuação da defesa.
Hermínio aponta, ainda, outros procedimentos da Justiça que apontam para a pressa para a conclusão do inquérito sem a realização de uma investigação mais completa sobre o caso. 'O exame de DNA foi feito com muita rapidez. Além disso existem diferenças entre o retrato falado divulgado pela polícia e as características físicas de André.
A atuação da defesa ficou muito difícil. Deveria haver um aprofundamento das investigações com base nos fatos levantados. Até porque se sabe que a internet é um ambiente muito vasto e onde muitos crimes são cometidos. Foi divulgado que peritos fizeram a averiguação das páginas, mas os resultados da perícia nunca foram apresentados', acrescenta o advogado que renunciou à defesa.

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