Em duas semanas, desde o dia 11 de outubro passado – quando foi publicada a primeira pesquisa do Ibope neste segundo turno – até ontem, quando saiu a terceira sondagem do Instituto, o prefeito Duciomar Costa, candidato à reeleição pelo PTB, subiu seis pontos percentuais. Tinha 46% na primeira sondagem, subiu para 50% na seguinte e agora está com 52% dos votos válidos.
Seu adversário, o peemedebista José Priante, perdeu três pontos percentuais no mesmo período. Começou com 43%, empatado tecnicamente com o prefeito, desceu para 39% na sondagem seguinte e agora, na véspera do pleito de hoje, emplaca 40% das intenções de voto.
O empate técnico que se registrou entre os dois candidatos, logo depois de conhecido o resultado do primeiro turno e pouco depois do candidato peemedebista fechar alianças com um total de dez partidos, ofereceu a muitos a impressão de que Priante ia disparar.
Em reforço a essa suposição, era notável a redução dos amarelinhos nas ruas. O poster chegou até a questionar esse detalhe – visível, amplamente visível - com dois ou três assessores de campanha de Duciomar.
A explicação foi a de que a redução do volume da campanha de rua não sinalizava, ao contrário do que muitos poderiam pensar, o arrefecimento do entusiasmo da campanha de Duciomar. Era resultado, isso sim, de uma estratégia planejada, traçada previamente e bem pensada.
Consistia tal estratégia em aguardar os movimentos de Priante na campanha que ainda estava por iniciar-se. Consistia em avaliar o tom, os rumos e a intensidade da campanha do peemedebista. Com base no novo quadro, no novo contexto, na nova conjuntura é que Duciomar mostraria as suas cartas.
Era essa, em resumo, a explicação que partia do comitê de Duciomar.
O poster, é oportuno confessar, chegou a duvidar da informação. Preferiu acreditar mais na possibilidade de que Duciomar, se não tinha jogado a toalha, pelo menos havia sentido o tranco das alianças do adversário, das expectativas favoráveis a Priante e da forte possibilidade de que o próprio prefeito não tivesse condições reais de agregar votos suficientes dos eleitores de Valéria, de Jordy e de Mário Cardoso – sobretudo desses três candidatos.
Mas, vê-se agora, a estratégia de Duciomar deu certo. Ele armou sua tática conforme a do adversário, que, em desvantagem, precisou tomar as iniciativas de ataque. E as táticas de Priante serviram de referência para Duciomar armar as suas.
É certo que os amarelinhos só apareceram nos últimos dias de campanha também porque faltou dinheiro para remunerá-los. Como chegou a faltar dinheiro para pagar o pessoal da equipe que produziu o programa do prefeito.
Mas isso tudo foi superado com o decorrer da campanha até desaguar nesta fase, em que o prefeito chega a este domingo com 14 pontos de vantagem, se considerados os votos válidos – expurgados os brancos, nulos e indecisos - e com 12 pontos, se considerada a pesquisa estimulada.
Ducimar ganha?
Tudo indica que sim.
É o favorito para se reeleger?
É. Amplamente favorito.
Mas convém esperar as urnas.
As urnas é que vão se pronunciar.
E as urnas são inapeláveis.
Ou pelo menos devem ser, em regra, inapeláveis.
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