É interessante ouvir, sobretudo pelas rádios, análises sobre essa crise que tem como epicentro os Estados Unidos.
Economistas e especialistas em bolsas de valores só fazem dar um nó na língua, usando expressões em inglês, espanhol, alemão e até em sânscrito para explicar – vejam só – o que aconteceu, o que está acontecendo e o que poderá vir a acontecer.
Ninguém diz, no entanto, o que seria facilmente inteligível em português: que a crise é resultado de cupidez por lucro, de irresponsabilidade, de ambição por ganhos, de especulação.
Não há crise econômica que não seja previsível - exceto as que decorrem de fatos absolutamente imprevisíveis. Todas as crises são previsíveis.
É o caso desta, que vem sendo anunciada há mais de um ano. Há 12 meses – ou mais - que um calote estratosférico nos Estados Unidos, estimulado por bancos irresponsáveis, prenunciava o que se vê hoje.
E ainda querem lançar mão do dinheiro do contribuinte para evitar que bancos à beira do abismo se afundem direto no abismo.
Aliás, quando foi mesmo que um banco já fez benemerência igual à que governos querem fazer com eles?
Quando foi?
Um comentário:
Um alerta-laranja para as construtoras que teimam em lançar prédios com preços extratosféricos e irreais aqui na morena Belém.
Por lá começou assim.
Tem grupo de fora que pousou aqui e já está sentindo a crise nos papeis micados que lançou na Bolsa.
Sabe lá quando os prédios irão subir, se subir.
Quem viver, verá.
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