quinta-feira, 10 de abril de 2008

Nery tem quem o defenda; outros, nem tanto

O apoio do senador José Nery ao MST levanta polêmica entre os leitores. Há quem apóie o senador. Outros, nem tanto. Os comentários estão na caixinha da postagem Nery diz que polêmico seria garantir apoio à Vale: Leiam aí embaixo:

De um Anônimo:
Nery tem razão. Os crimes de colarinho branco deveriam ser considerados hediondos, pois causam grandes prejuízos sociais. Veja os inúmeros casos no Pará envolvendo até membros do MP.

Do professor e jornalista Marcelo Vieira:
Lamentável o posicionamento do senador, a quem até agora admirava o proceder honesto e corajoso, apesar de discordar completamente de sua prática política.
A resposta, com todo o respeito ao nobre e valente e Nery, é repleta de má fé. Primeiro, não se trata de criminalizar os movimentos sociais, apenas de cobrá-los e, se for o caso, puni-los pelos crimes que cometem. Ninguém está "tentando" criminalizar nada, a decisão de cometer crimes é dó próprio movimento.
O trecho sobre o apoio do senador ao movimento, novamente com todo o respeito, é um exemplo acabado de desonestidade intelectual: o senador apóia o movimento, mas nada tem a ver com os seus metódos. Ora, senador, então retire o seu apoio. Ou condene claramente os métodos - ou, se for o caso, apóie claramente movimento e métodos. Mas não "lave as mãos", não lhe fica bem.
Por fim, não se trata de defender de Vale que, de resto, é rica o suficente para não precisar de defensores. A defesa aqui é do Estado de Direito, da afirmação de quem ninguém está acima de lei, nem os movimentos sociais.
Também é bocó achar que só a Vale é prejudicada pela ação dos sem-terra. A realidade envolvida é beeem mais complexa, senador.
Esqueça-se, portanto, a Vale. Vamos defender exatamente as leis que garantem, entre outras coisas, que tenhamos no Senado um bravo senador do PSOL de Abaetetuba. Se elas, neste caso, vão favorecer à Vale, paciência. Afinal, não seremos oportunistas de achar que as leis só devem ser cumpridas quando atendem aos nossos projetos pessoais - característica que, tenho certeza, também nada tem a ver com senhor.

De um Anônimo:
Mas dizer que o MST é "legítimo" já é um tanto demais.
Há muito que o MST perdeu o rumo "social" e passou a ser político-revolucionário.
Como pode ser legítimo um movimento que não respeita a ordem institucional?
O que vale para os outros não vale para o MST? Por quê?
Por que será que o MST não existe como pessoa jurídica? Não seria apenas uma maneira de escapar das responsabilidades do estado de direito?
Por que não lutam dentro da legalidade?
E os inúmeros assentamentos e ocupações que são retalhados e pós-revendidos como mera transação de terras, fartamente comprovado?
Não, legítimo, definitivamente não.

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