sábado, 30 de maio de 2020

Em Breves, o reino das águas é também o reino dos contrastes, das injustiças e das mortes


Vejam aí.

A foto domina a primeira página da Folha, edição deste sábado (30).

Mostra agentes de saúde visitando uma casa na Ilha do Marajó, apontado como o maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo, território de vários municípios paraenses, entre eles Breves.

Em Breves, diz a chamada da Folha, o racionamento d’água, acreditem, prejudica as ações de prevenção no combate ao Covid-19.

Na maior cidade marajoara, 25% da população estão ou já estiveram infectados pela doença. Ou seja: 25 mil pessoas. Um horror.

Marajó é uma ilha. Como toda ilha, rodeada de água por todos os lados.

Marajó está na Amazônia, que concentra 20% da água doce de todo o planeta.

Em Breves, repita-se, falta água (potável, é claro) pra melhor prevenir o coronavírus.

Estamos mesmo no que muitos chamam, romaticamente, de reino das águas.

Mas também estamos no que muitos, inocentemente ou por má fé, insistem em ignorar: o reino dos contrastes.

Contrastes que podem agravar o risco de mortes, como acontece agora em meio a esta pandemia.

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