segunda-feira, 25 de maio de 2020

Por que jornalistas, ou melhor, por que o jornalismo se expõe às humilhações e aos deboches diários de Bolsonaro?


No dia 22 de janeiro de 2020, na postagem Bolsonaro protagoniza sempre o ridículo, o grotesco, a grosseria. Vale a pena ouvi-lo?, o Espaço Aberto escreveu:

Presume-se, por isso, que um presidente, quando se dispõe a falar com jornalistas à porta da residência oficial, todos os dias, de maneira informal, presume-se que ele facilite, até certo ponto, a obtenção de informações que de outra forma deveriam ser buscadas em segundas, terceiras, quartas e quintas fontes. Afinal, ele é o presidente da República.
Mas, a rigor, o que temos em cada aparição de Bolsonaro?
Nada.
Ou melhor, temos tudo, menos notícias.
Em suas performances matinais, Bolsonaro protagoniza o ridículo, o grotesco, a grosseria, a cavalice, o pernóstico, o cômico, o repulsivo, o ofensivo. Notícia mesmo que é bom, dificilmente sai alguma coisa por lá.

No dia 18 de fevereiro de 2020, na postagem Por que jornalistas insistem em dar palco às escatalogias de Bolsonaro?, o Espaço Aberto registrou:

Por que se submetem, no exercício de sua profissão, a palhaçadas e humilhações preparadas, planejadas, arquitetadas justamente para humilhar jornalistas e fazê-los de palhaços?
Isso tudo, diriam jornalistas, deve ser suportado porque, em meio a essas sessões nauseantes de lixos verbais vomitados por Bolsonaro, aqui e ali o presidente acaba falando alguma coisa que vira uma notícia, digamos assim, não-escatológica.
Será mesmo?
Será que o jornalismo ainda não se convenceu de que espetáculos com cheiro, forma e conteúdo de lixo de esgoto, como os que Bolsonaro protagoniza, servem apenas para divertir o próprio Bolsonaro e seus seguidores?

Olhem a imagem.
É uma nota desta segunda (25), publicada no site O Antagonista.
Bolsonaro não tem qualquer compromisso com a verdade.
Mente compulsivamente.
Distorce fatos.
Inventa.
Cria maluquices.
Manda jornalista calarem a boca.
Grita com eles.
Interrompe suas perguntas.
E, afinal de contas, não junta lé com cré.
Ao contrário do que diz Bolsonaro, jornalistas é que só deveriam falar com o presidente no dia em que ele tivesse compromisso não apenas com a verdade, mas também com a postura, o respeito, o decoro, a moderação e o comedimento que o cargo exige.

Um comentário:

AHT disse...

Bolsonaro, a cada dia que passa, segue escancarando suas reais intenções: ser o grande comandante de um regime ditatorial, como a única e grandiosa solução para a resolução de todos os problemas passados, presentes e futuros do Brasil e, quiçá, do Mundo.

E tem seguidores que já entraram e outros entrarão nessa onda de idolatrar aquele que promete um futuro glorioso e farto. Assim o Mussolini começou na Itália, o Hitler na Alemanha, Mao Tsé-Tung na China e, mais recentemente, o Chávez na Venezuela, além de outros em outras nações.

Ditadura é Ditadura, não importa se é de esquerda ou de direita, os métodos são os mesmos e os oprimidos são os mesmos, o povo. Os privilegiados são aqueles que servem de corpo e alma ao regime e sua cúpula. Por mais que se saiba disso tudo, sempre existirão os radicais que clamam por ditadura.

O ditador em potencial ao contar com o apoio de radicais desejosos por ditadura, também sabe que poderá contar com a grande maioria de bons cidadãos - calados, bundas no sofá e braços cruzados – e, com a certeza absoluta que esses seguirão aceitando bovinamente o passo a passo até a implantação de seu tão almejado regime ditatorial.

Quando os bons cidadãos – calados, bundas no sofá e braços cruzados - perceberem a nova e terrível realidade, tudo já estará consumado: todos sob botas ditatoriais.

A História se repete e os bons e acomodados cidadãos se recusam a aprender a lição e a evitar o pior.