sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Zenaldo e Edmilson numa espécie de anticlímax

O debate de ontem, na TV RBA, foi uma espécie de anticlímax.
No Twitter, este reino incontrolável e descontrolado da irreverência - muitas vezes cruel e inadequada, é verdade -, alguém disse, em tom de pilhéria, que queria "mais sangue" entre Zenaldo Coutinho (PSDB) e Edmilson Rodrigues (PSOL), os dois candidatos a prefeito de Belém que debateram por duas horas.
Era uma pilhéria, repita-se.
Mas no fundo, no fundo os eleitores - muitos, muitíssimos - se divertem com a pancadaria entre candidatos.
Pois imaginava-se que a pancadaria comeria solta.
Mas não.
Ficou dentro, digamos assim, do conveniente para as circunstâncias.
O que todos vimos foi um script mais ou menos previsível. E consumado.
De um lado, Edmilson associando Zenaldo à direita, à ditadura militar, às privatizações e à insensibilidade social, esta última provinda, supostamente, do fato de Zenaldo de ter origem numa "família rica", conforme disse o psolista, que ressaltou sua gênese, como diríamos, popular, apartada das elites.
De outro lado, viu-se Zenaldo empenhado em mostrar Edmilson como um gestor intolerante, cujo legado de oito anos de governo teria se resumido à confusão, à indústria de multas (leia-se a dona Baddini), à intolerância, ao confronto, à incapacidade de aglutinar e de estabelecer a paz e a união.
Zenaldo deveria ter-se empenhado mais em refutar seu distanciamento do prefeito Duciomar Costa, que o PSDB, de fato, apoiou.
Sim, é certo que o programa do candidato tem fustigado a gestão atual. E Zenaldo andou bem ao reconhecer que Duciomar o decepcionou. Mas é preciso estabelecer mais claramente, mais contundentemente os limites da ética e da operosidade, que acabaram por tornar o governo Duciomar um dos mais deploráveis e inoperantes que Belém já teve em oito séculos - os quatro que estão expirando e os quatro do porvir.
Edmilson deveria ter evitado repetir, por mutas vezes, que o adversário queria "briga", quando, em realidade, as intervenções do adversário não transmitiam essa impressão. O que se observou, é certo, foi a insistência, quase obsessiva, de Edmilson em despir-se do estigma de intolerante, de alguém avesso à paz, à união, à convergência, à agregação, qualificativos que a campanha de Zenaldo tenta - e ao que parece já conseguiu - colar na imagem do candidato psolista.
No mais, foi o mais.
O mais do mesmo.
O mais do que era previsível.
Até o tom - ameno - da pancadaria.

8 comentários:

Anônimo disse...

Esse discurso do ex-prefeito Edmilson penas acirra ódio entre pobres e ricos.
De maneira alguma deveria ter sido explorado, porque induz ao ódio e à discriminação, que não ocorre apenas entre raças (entre classes sociais, também).
Se já não nutria qualquer sentimento de esperança nesse ex-prefeito, nutro muito menos agora, quando revelou raiva por quem lhe parece diferente.
Se tem tanta raiva por quem é filho de rico, indago ao ex-prefeito qual o endereço em que residiu quando foi prefeito de Belém?


Anônimo disse...

Edmilsom só esqueceu de dizer ao Zenaldo que se a decpção dele com o Duciomar foi tanta não deveria tê-lo apoiado nos quatro anos seguintes.
Edmilsom acertou sim em dizer que brigou por várias questões sociais, pela meia passagem etc.. Zenaldo tem um fardo grande para carregar, inclusive a Mônica lá na ALEPA.
Não voto em Belém mas adoro a cidade. Sorte é o que desejo, principalmente para os habitantes das baixadas que ainda existem.

Anônimo disse...

O telhado de vidro de Edmilson é enorme, olhe o que diz o Ministério Público Federal na ação de improbidade que move contra o ex-prefeito, com o número 17910-63.2010.4.01.3900 :

"Falta de Pagamento aos prestadores ( de saúde) durante o exercício de 2004. - Durante o referido ano o Município ( Belém), embora tendo recebido repasse federal, deixou de efetuar pagamentos aos prestadores Fundação Santa casa de Misericórdia do Pará ( R$ 2.415.442,77), Hospital das Clínicas Gaspar Viana (R$ 2.206.280,55), Instituto ophir loyola ( R$ 4.633.868,03) e Universidade estadual do Pará ( R$ 597.132,19). Embora a referida dívida tenha sido quitada posteriormente, constatou-se que a quitação ocorreu com recursos provenientes de novos repasses no Ministério da Saúde, e que deveriam ter sido utilizados para manutenção do SUS."

Anônimo disse...

Onde morava o Edmilson quando era prefeito??????????????
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Anônimo disse...

Processo por processo mostra aí os do Jatene.

Anônimo disse...

O Jatene não é candidato, anônimo das 08_:00. Vc chegou hoje a Belém???

Anônimo disse...

E daí se ele tem processos mesmo da época da eleição passada. Ele é um santo?

Anônimo disse...

Anônimo das 10:58.

Você pergunta: "E daí se ele tem processos mesmo da época da eleição passada. Ele é um santo?".
Respondo-lhe: por essa porcaria de pensamento seu é que a nação está sob as honras do mensalão. Ainda bem que o Joaquim Barbosa anda aparando a barba desse pessoal.
Não estrago meu voto com ficha-suja, mas divirta-se em utilizar o seu onde bem lhe aprouver, inclusive jogando-o no lixo.