O que ela disse

"A grande maioria é de juízes corretos, que trabalham, cumprem o seu dever. Agora, existe uma minoria que faz um estrago muito grande, estraga a imagem do Poder Judiciário e é contra esta minoria - e dentro desta minoria estão estes 62 investigados - que estamos a investigar. Eu ainda não posso afirmar, apenas existindo indícios eu começo a investigar para ver se houve aumento patrimonial ou não.
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"A Justiça do Pará é uma Justiça muito complicada, aliás, é uma Justiça complicadíssima, porque aqui existem muitos interesses econômicos e existe muita desigualdade e a Justiça não está conseguindo julgar em tempo normal estes conflitos provocados exatamente por estas diferenças. Aqui funciona quase como um faraoeste americano, as pessoas buscam nas terras do Pará uma forma de enriquecimento sem limites e a Justiça não se preparou para esta invasão no seu território.
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"Devagarzinho, estamos tendo pequeníssimas vitórias, por exemplo, a Corregedoria conseguiu organizar as Varas de Execuções Penais daqui do Pará que era uma vergonha, um verdadeiro balcão de negócios, e isso foi solucionado.
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"O Pará tem uma sociedade complicada por estas situações que já disse. É um local de muita riqueza, grandes extensões de terra, com este progresso do agronegócio a especulação das terras ficou ainda mais acentuada, é uma desigualdade muito grande, com a concentração de poucos ricos e muita pobreza."
Eliana Calmon, ministra do Superior Tribunal de Justiça e corregedora nacional de justiça, em entrevista a O LIBERAL.