O governador Simão Jatene já explicou algumas vezes, enfaticamente, que não vai se manifestar nem favorável, nem contrário à proposta de divisão do Pará, que prevê a criação de dois novos Estados, Carajás e Tapajós.
Muito pelo contrário, o governador entende que precisa se manter numa posição equidistante, como se fosse um árbitro, um mediador, para aplacar as paixões e administrar um Estado que definitivamente, depois do plebiscito, não será o mesmo, não será como era antes, vença o "Não" ou vença o "Sim".
Mas nem é preciso ler nas entrelinhas, nem é preciso aguçar o senso de observação para que se constate que Jatene é escancaradamente contrário à divisão do Estado.
Claro, e nem poderia ser diferente. Dificilmente um outro governador, na posição dele, defenderia, mesmo que subliminarmente, a divisão do seu próprio Estado.
É evidente que Jatene se controla, é óbvio que se contém para não dar demonstrações tão evidentes, tão loquazes, tão eloquentes e escancaradas de que seu coração bate em favor da manutenção da integridade territorial do Estado.
Mas às vezes ele não se controla.
Às vezes, não se contém.
Ontem à noite, por exemplo.
No final da festa do Prêmio ORM/ACP, no Hangar, Jatene puxou, alto e bom som, o Hino do Pará. E fez isso depois de pregar enfaticamente, em seu discurso, a unidade do Pará.
Em outra ocasião, no final da semana passada, num evento na Estação das Docas, lá estava Jatene, microfone em punho, novamente entoando o Hino do Pará.
E será assim até 11 de dezembro.
E depois de 11 de dezembro também.
Vença o "Não".
Vença o "Sim".
12 comentários:
Noooooossa, tu jura pela fé da mucura seu Espaço? Então tá, se tu acreditas fica como está.
Paulo
Pelo modo beligerante que se encontram as Frentes (Pró e Contras) deve sobrar pra todo mundo.Até pro Governador.
Porque?
Porque não se pode fazer propaganda eleitoral, ainda que de forma indireta, em locais como a Estação das Docas, em envento de orgão de classe, pena de multa de 2 a 8 mil reais. (art.7o, §§1o e 2o da Res. TSE n. 23.354/11)
Aí o Governador e os demais devem rebolar no TRE para dizer que não houve propaganda, como publicado no blog e no Liberal de hoje.
Vamos ver se a justiça é mesmo igual pra todos.
O governador, qualquer governador não pode, nem deve, ser árbitro de um plebiscito territorial. Isso compte aos juízes de Tribunais eleitorais. Ao governador do Pará compete defender a integralidade territorial de seu estado. Foi para isso que foi eleito: defender o estado em que exerce a governadoria, porque teve votos em todos os municípios que compõem o Pará. Resta ao ilustre Jatene sair do muro. Mas como bom Tucano não pode, não é mesmo ?? O pior é que ele não percebe que não pode servir a dois senhores. E isso está na Bíblia. Ele precisa sair do muro, encarar os fatos para não ficar ruim na história, ganhe o SIM, ganhe o NÃO. Porque em uma das decisões a sua atitude ficará marcada na história desse país chamado Pará.
Boa noite, caro Paulo:
demorei um pouco a compreender que o Governador Simão Jatene assumiu a postura exata, em que pese a vontade dos que querem a unidade do Pará em tê-lo na linha de frente, como eu.
O plebiscito, da forma como a frente contra o Pará - Frente Carajás - insinua que é (divisão ou morte lenta), pode mesmo levar a uma fratura dolorida entre nós, brasileiros deste estado. Seja na vitória de Pirro do SIM, se ocorrer, seja na sua derrota.
Quem terá autoridade para dizer alto e bom som que aqui ninguém é estrangeiro? Esses mesmos divisionistas que mentem aos de cá e aos de lá?
Os brasileiros do Pará que defendem a unidade do estado, estão dispostos - quantas vezes se fizer necessário para o bem de todos - a construir e reconstruir um projeto de desenvolvimento territorial integrado.
A posição isenta - mas não omissa -do Governador é fundamental para o exito disto. Para unir e re-unir os que querem este Pará Inteiro (apud Ana Diniz!) e para todos os brasileiros do oeste, do sudoeste, do sul e do sudeste, nas margens do Araguaia, do Tocantins, do Xingú e do Amazonas.
Abração, Paulo.
Quer dizer que preferem manter a "mansão' mesmo sabendo que não dão conta nem da limpeza da piscina né?
Pará "inteiro" com o quintal imundo.
É no minímo irracional!!!!!
Vamos dividir para melhor manter!
CARAJÀS JÀ!!
Só faltava o governador não saber do hino também.
Porque nas regiões separatistas, ninguém conhece.
Para os separatistas de boa-fé.
Leiam a notícia abaixo e vejam quem são os interessados na divisão do Pará.
Entre eles, está aquela imbecil que tratou mal a paraense que mora em uma periferia de Manauas.
Notícia extraída do Portal do Holanda, de 19/11/2011, o blog mais lido de Manaus.
www.portaldoholanda.com.br
"19 de Novembro de 2011
Amazonino na campanha pela divisão do Pará
O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, pode ser "convocado" a participar do movimento pró-divisão do Pará. Depois daquele "então morra !", dirigido a uma paraense, moradora de área de risco em Manaus, a campanha não pode prescindir da participação do Negão.
Paraenses irritados com Sinésio
O deputado Sinesio Campos ( PT) está conquistando a antipatia dos paraenses da gema, que são contra a divisão do estado do Pará. Se o deputado se atrever ir a Belém, leva pau, garantem os adversários da divisão.
@@@
O problema é que Sinésio não tem limites. Seu sonho é mudar de mala e cuia para um eventual novo estado, que venha a surgir na fronteira do Amazonas, onde pretende disputar uma vaga de senador."
Prezado anônimo das 10:24,
Será q é tão difícil reunir os moradores da tal "mansão" e se unirem em torno de, juntos, buscar recursos para a "limpeza da piscina", dos "cômodos", da "sala de estar" e transformar em uma mansão onde todos possam morar bem, e com qualidade?
O fato de exercer um governo medíocre e pautado pelo nepotismo já coloca Jatene como propagandista da separação,afinal educação,saúde e segurança que ele prometia priorizar estão cada vez piores na capital ,imagina então no interior.
Extraído da Folha On Line.
"O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), disse que o plebiscito para a divisão do Estado causará mágoas e ressentimentos entre a população paraense.
Em artigo publicado neste domingo (20) nos jornais "Diário do Pará" e "O Liberal", Jatene demonstra preocupação pela crescente rivalidade entre os habitantes do Pará remanescente e os moradores dos possíveis novos Estados.
Famosos reforçam campanhas sobre divisão; veja
Frente pró-divisão arrecada R$ 1,3 mi no Estado
Plebiscito no Pará opõe comércio à agricultura
"Paraenses, ainda que eu deseje o contrário, tudo leva a crer que, seja qual for o resultado do plebiscito, o dia seguinte será marcado por mágoas, ressentimentos e desconfianças que podem se tornar duradouras", escreveu o governador.
É a primeira vez que Simão Jatene vem a público se pronunciar sobre o plebiscito da divisão do Pará, que ocorrerá em 11 de dezembro.
"Não posso aceitar que a luta pela divisão do território se transforme em divisão do nosso povo", diz no artigo.
Os paraenses decidirão se querem que o Estado se divida e dê origem a mais outros dois: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste).
Ele classifica de "vale tudo" a campanha do plebiscito no horário plebiscitário gratuito em TV e rádio e fala que estão tentando "destruir a autoestima do paraense".
Jatene pede aos paraenses que impeçam essa crescente rivalidade.
"A Europa está cheia de exemplos em que as lutas religiosas, étnicas, deixaram feridas que não cicatrizaram. Não podemos permitir que isso aconteça conosco."
Opinião do anônimo.
Muito lúcida a intervenção do governador.
Pior que quem abriu margem para esse ressentimento foram os políticos inescrupulosos, oportunistas, despreparados que só pensaram na "próxima eleição".
Temos os políticos que merecemos e infelizmente estes são os piores até então da história de nosso estado.
Pobre Pará!
Com esse governo que não prioriza a educação, a saúde e segurança, um governador autoritário e fraco com certeza não haverá reeleição do Jatene.O desgaste vai piorar se o governo não fizer nada para melhorar a vida do povo das regiões que querem se separar, essa preocupação que ele tem que ter. ficarão as feridas e isso o povo não esquece.As propagandas da TV do SIM estão acertando em cheio o governo dos tucanos, com denuncias e fazendo comparações com outros estados.
Não só entoou o Hino ao Pará antes e durante o plebiscito, como continua entoando ao final de cada evento do qual participe.
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